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CRUELDADE

Búfalas de Brotas (SP) foram exploradas para a produção de leite e queijo

Antes das búfalas serem encontradas quase sem vida e outras já com a carcaça, o fazendeiro as criava para a produção de origens de laticínio, e ao mudar de investimento para o plantio de soja, os animais foram largados a “própria sorte” por não trazerem mais retorno financeiro

30 de novembro de 2021
Felipe Cunha | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Portal Vegazeta | Foto: G1 | Fábio Rodrigues

A cidade de Brotas teve reportagens investigativas sobre o caso das búfalas de origens-asiáticas ganhando notoriedade em todo o país. Essa crueldade contra as búfalas da Fazenda da Água Sumida, no interior de São Paulo, também envolvia a criação dos animais para a produção de leite.

Porém, o pecuarista Luiz Augusto Pinheiro de Souza, passou a investir no plantio de soja destinada à produção de ração animal, passando a manter as búfalas vivas e ao relento, agravando ainda mais a saúde dos animais. A negligência contra a vida das búfalas culminou em desnutrição e morte dos animais.

Em reportagem do Fantástico, que foi ao ar no dia 28 de novembro, imagens de Souza foram divulgadas no qual o homem dizia que não deixou as búfalas morrerem, negando sua culpa sobre a situação trágica que os animais foram encontrados e em luta pela sobrevivência. Luiz Augusto disse em reportagem que as búfalas “morrem naturalmente numa época no ano. Quando morrer, morreu”. Mostrando total negligência com vida dos animais.

A frase é contraditória, pois os animais não tinham suas vidas respeitadas pela ordem natural, afinal, eles eram explorados para consumo, tendo, consequentemente, o tempo de vida reduzido. E por ter mudado de produção – investindo no plantio de soja – manter os animais vivos tornou-se economicamente inviável para o fazendeiro.

Na reportagem, o proprietário da fazenda reforça que “os animais estão morrendo porque estão velhos e com algum problema”. Esquecendo de dizer que o problema decorre do sistema ao qual foi submetido por ele e pelo contexto da pecuária leiteira.

Uma reflexão que trouxe o caso das búfalas-asiáticas em Brotas foi que o caso não é isolado, pois a criação dos animais para fins de consumo humano acontecem em variados lugares do país e do mundo reduzindo a vida animal à mercadoria e ao lucro.

Mesmo com a mudança de investimento do pecuarista, a vida das búfalas tornaram-se banais por não trazer mais retorno financeiro. Enquanto animais forem vistos apenas como mercadoria, é impossível torná-los dignos de uma vida livre e liberta da crueldade!

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