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CEARÁ

Polícia investiga caçadores que mataram onça ameaçada de extinção

9 de novembro de 2021
Yasmin Casal I Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | G1

Na última terça-feira, caçadores mataram uma onça-parda e posaram para fotos com o animal morto na zona rural do município de Tarrafas, no interior do Ceará. A Polícia Civil já tomou conhecimento das imagens, iniciando uma investigação do caso. As informações são do portal G1.

Nas imagens vinculadas, vários homens aparecem segurando o animal e um deles chega a segurá-lo pelo pescoço. Em outra imagem, um deles pisa com a bota no focinho do felino. Em vídeos, é possível vê-los perseguindo a onça já ferida no mato, enquanto ela ainda estava viva. Enquanto o animal sofria com ferimentos, os caçadores atiravam pedras e riam, além de levarem um cachorro que também aparece mordendo a onça já ferida.

Ainda segundo o portal, em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse que, ao tomar conhecimento da ocorrência, policiais da Delegacia Municipal de Assaré, município vizinho, estiveram no local onde ela foi morta para fazer os primeiros levantamentos. Os trabalhos policiais ainda estão em andamento.

Conforme o biólogo e professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Hugo Fernandez, a onça morta é da raça Puma concolor e está ameaçada de extinção. A caça é ilegal.

“E isso está acontecendo, principalmente, por conta de imagens como nós vimos, que é a caça direta de seus indivíduos […] a onça parda é muito perseguida por conta dos conflitos de agricultores de pequeno a grande porte que não querem ver seus animais de criação sendo predados pela onça, mas isso é uma consequência direta da diminuição de suas presas na natureza”, explica o biólogo para o G1.

Na Delegacia Municipal de Assaré, a população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais através do telefone (88) 3535-1957. Também podem ser feitas denúncias através do número 181, o Disque Denúncia da Secretária da Segurança ou do (85) 3101-0181, número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. Conforme a matéria, o sigilo e anonimato são garantidos.

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