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CONSCIENTIZAÇÃO

Cartilha virtual oferece opções de descarte de entulho sem exploração de animais

A iniciativa apresenta três possibilidades de destinar os resíduos sólidos como entulho, podas, móveis, entre outros

15 de outubro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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O movimento BH sem Tração Animal e o Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA) lançaram ontem, 14 de outubro, a cartilha virtual “Como destinar entulho sem contratar carroça”. A cartilha foi postada nas redes sociais do movimento.

“Nossa ideia foi mostrar para as pessoas as diferentes opções para descarte de entulho sem a exploração de animais. Infelizmente muita gente ainda acha que contratar carroças é a única opção”, ressaltou Caio Barros, integrante do BH sem Tração Animal.

“Quanto ao preço, há de se pensar que o que um carreteiro (serviço de caminhonete) consegue levar é duas a três vezes mais do que uma carroça, que cobraria por cada viagem. Então, dependendo da quantidade de entulho, o valor fica igual ou até mais barato, sem contar o mais importante: você não estará financiando a exploração animal”, completou Caio.

A publicação mostra três possibilidades de destinar os resíduos sólidos como entulho, podas, móveis, entre outros. No caso de pequenos entulhos ou resíduos a própria pessoa pode levar até uma das URPV’s da cidade ou contratar carreteiro. A publicação traz 10 contatos de carreteiros, profissionais motorizados que fazem o recolhimento de entulho para destino correto, conforme pesquisas do BH sem Tração Animal, Blog Somos Valentes e Grupo de Ajuda Animal Padre Eustáquio.

No caso de um volume maior de rejeitos a solução é contratar uma caçamba. “A divulgação da cartilha é mais um importante passo nesta luta que o MMDA começou em 2006 pela libertação dos cavalos. São 15 anos de luta!”, lembrou Adriana Araújo, coordenadora do MMDA.

Leis

A batalha pelo fim dos veículos de tração animal em Belo Horizonte é muito antiga e culminou com a sanção da Lei 11.285/2021, que proíbe a circulação desses veículos em BH. O último avanço dessa lei aconteceu dia 28 de setembro, quando o Grupo de Trabalho incumbido de promover a transição necessária à implantação da lei se reuniu e pediu à Prefeitura agilidade no processo de transição, com encaminhamento dos carroceiros para outras fontes de renda.

Além disso, foi pedido o cumprimento da Lei 10.119, de 2011, que exige que as carroças sejam adaptadas a requisitos relacionados aos animais e às leis de trânsito.

“Somos contra as carroças e não contra os carroceiros. Somos contra o instrumento usado por eles que escraviza animais que nasceram, como todos os outros, para viverem suas vidas livremente”, destacou Caio.

“Passa da hora de Belo Horizonte, a exemplo de várias outras cidades, acabar com a escravidão dos cavalos e proporcionar aos trabalhadores uma forma digna de garantir sua renda. A cada dia mais e mais pessoas ampliam suas consciências e não aceitam mais a exploração animal”, salientou Adriana.

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