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SUSTENTABILIDADE

Energia eólica inédita no Brasil é desenvolvida por cientistas da USP

26 de setembro de 2021
Andrine Perrone | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Imagem: Pixabay

Segundo as informações do site Ciclo Vivo, uma equipe de cientistas da USP está desenvolvendo uma tecnologia de geração de energia eólica inédita no Brasil. Chamado de Airborne Wind Energy (AWE), os engenheiros Roberto Crepaldi e Leonardo Papais, formados na Escola Politécnica da USP, atuam desde junho de 2021 no projeto.

O projeto conta com a participação dos professores Alexandre Trofino e Marcelo De Lellis, da Universidade Federal de Santa Catarina. A UFSC pesquisa essa tecnologia desde 2012.

Composto por duas partes, o equipamento funciona com uma unidade de voo e uma unidade fixa no solo. Essas duas partes estão conectadas através de um cabo que é puxado à medida em que a vela é impulsionada pelo vento. A vela voa guiada por dois motores, porém até a capacidade oito, podendo levar o cabo ao seu limite. Em seguida o ciclo se repete e a vela é puxada de volta.

Conforme a explicação de Crepaldi, uma vez que um ciclo termina, a energia é acumulada e usada pelo motor da unidade de solo para puxar o cabo de volta, sendo essa somente uma fração da energia produzida.

Energia sustentável

A energia gerada pelo projeto, usa uma parte dos materiais e consegue alcançar altitudes onde o vento é mais forte. O diferencial deste projeto, está em relação às turbinas eólicas convencionais. Assim, a altura média de uma turbina eólica convencional é de 120 metros, o kit alcança entre 600 e 800 metros. Além disso, por ser menor o kit tem a maior facilidade de ser transportado, sendo mais barato e menos espaçoso.

Algumas empresas europeias como a Kitepower e a Skysails Power, estão testando algumas versões dessa tecnologia. Roberto e Leonardo já estão trabalhando com a viabilidade de implementar a AWE no Brasil.

Em busca de investimento para iniciar a empresa, o grupo de cientistas pretende lançar um protótipo funcional até o fim do ano. Com intuito de expandir os testes e produzir um modelo comercializável. Por fim, a transição do projeto acadêmico para iniciativa privada ainda será tratada com a UFSC, conta Crepaldi.

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