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RIO DE JANEIRO

Após denúncia de maus-tratos, empresa alega 'mal entendido' e promete campanha em prol dos animais

Um protetor de animais do Rio de Janeiro, onde o escritório da TACO está situado, afirmou que a empresa impediu "a alimentação dos gatos em São Cristóvão", tendo, inclusive, fechado o "acesso dos gatos de forma que eles não recebam alimentação" e "fiquem presos sem comida e sem água"

21 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Gatos que estariam em frente ao escritório da TACO no RJ (Foto: Reprodução/Facebook/Tony Resgate de Animais)

A TACO, empresa do ramo de vestuário, foi acusada de maltratar gatos por um protetor de animais que alegou que funcionários de um escritório da companhia no Rio de Janeiro teriam proibido que gatos abandonados fossem alimentados no local. Em nota enviada à ANDA, a empresa afirmou que tudo não passou de um “mal entendido” e prometeu realizar uma campanha em prol dos animais.

A denúncia foi feita através das redes sociais do protetor Tony. Com milhares de seguidores, o ativista conseguiu uma repercussão rápida ao fazer a publicação, que ultrapassou 1,6 mil compartilhamentos em pouco mais de 24 horas.

Na postagem, Tony afirma que a “TACO está impedindo a alimentação dos gatos em São Cristóvão” e diz que a empresa “fechou o acesso dos gatos de forma que eles não recebam alimentação” e “fiquem presos sem comida e sem água”, o que, conforme pontuado pelo ativista, contraria “a Lei municipal nº LEI Nº 6.435/18, Art 28-A”.

“A protetora que os alimenta entrou em contato pedindo ajuda à TACO para castrar os gatos e eles disseram que os gatos não são deles e que se ela parar de alimentar eles vão embora. Ainda mandaram o advogado da empresa entrar em contato com a protetora… Tipo uma intimidação. Só que a Protetora tem uma causa por trás dela e a Lei amparando”, escreveu o ativista.

Barreira teria sido colocada no portão da empresa para impedir a passagem dos gatos (Foto: Reprodução/Facebook/Tony Resgate de Animais)

“Vamos ser sinceros: uma empresa que não respeita os animais, não merece ter clientes em um país, que segundo o IBGE, em 7 de cada 10 lares tem algum animal. As leis de proteção dos animais são conquistas da causa. Não podemos deixá-las cair em desuso. Precisamos cobrar”, completou Tony, que pediu aos internautas para que entrassem em contato com a empresa para expressar descontentamento com o caso.

Ao questionar a TACO sobre o caso, a ANDA constatou que o pedido do protetor foi atendido pelos internautas, já que a empresa relatou ter recebido “muitas mensagens sobre uma situação ocorrida dentro do escritório da TACO” e afirmou vir à público para explicar “alguns pontos”.

Em nota, a empresa afirmou que “entende a importância da causa animal e não compactua com qualquer tipo de maus-tratos”. “Aconteceu um grande mal entendido, que já foi resolvido. Recebemos em nossas dependências na manhã desta segunda-feira (20), o Coordenador de Resgate da Prefeitura Municipal @jackcalderini, onde ficou acordado a castração dos animais e a entrada dos protetores para alimentação dos gatos”, diz o comunicado.

Gatos que vivem nos arredores da empresa (Foto: Reprodução/Facebook/Tony Resgate de Animais)

“Recebemos também o contato da Subsecretaria Estadual de Proteção Animal (RJPET), por meio do Secretário @marceloqueiroz11, para que nossas lojas sejam certificadas, por meio do Governo do Estado, com o selo #PetFriendly”, completa.

A empresa afirma ainda que os gatos “migraram de uma empresa que faz fundos” com o escritório da TACO e que “jamais foram maltratados em nosso estabelecimento”. Por fim, a companhia afirma que continuará seguindo uma política interna de defesa animal e que no Dia Nacional dos Animais, em 4 de outubro, “lançará uma campanha em defesa aos animais e contra qualquer tipo de maus-tratos”.

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