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ESTADOS UNIDOS

Ativistas questionam mortes de golfinhos e leão-marinho explorados por parque aquático

Entidades de proteção animal acusam o Miami Seaquarium de maus-tratos e pedem que os animais explorados pelo estabelecimento sejam levados para santuários

17 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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(Foto: Miami Seaquarium-Yelp)

Ativistas pelos direitos animais acusam o Miami Seaquarium de maus-tratos e questionam as mortes de cinco golfinhos e de um filhote de leão-marinho explorados para entretenimento humano pelo parque aquático. Os animais morreram entre março de 2019 e abril de 2020, mas o caso só foi levado à público nesta semana após uma denúncia da fundação People for the Ethical Treatment of Animals (PETA).

Situado em Virginia Key, no candado de Miami-Dade, nos Estados Unidos, o parque é acusado de maus-tratos desde 2017, quando ativistas descobriram que a orca Lolita vive aprisionada no menor tanque para orcas do país.

Agora, com as mortes dos animais, entidades pedem explicações ao aquário, que se nega a comentar o caso e, conforme pontuado pela porta-voz do Miami Seaquarium, Magdalena Rodriguez, alega apenas que “a saúde e a segurança dos animais são prioridades”. Ao jornal Miami Herald, Rodriguez pontuou que não há intenção de alterar a estrutura do aquário, o que mostra que os animais permanecerão confinados em pequenos tanques, em condição de sofrimento e crueldade.

Mortes incomuns

A morte de cinco golfinhos da espécie nariz-de-garrafa, com idades entre 18 e 25 anos, e do leão-marinho de apenas 17 meses são consideradas incomuns para um parque aquático. Segundo o vice-presidente da PETA, Jared Goodman, “essas mortes ocorreram em pouco mais de um ano, então é um período muito curto entre elas”.

De acordo com o ativista, dois dos cinco golfinhos apresentavam traumas na cabeça e no pescoço e outro se afogou após ficar preso em uma rede que divide dois tanques do parque. Ao Miami Herald, Goodman relatou ainda que o quarto golfinho teria sofrido uma embolia pulmonar e que o quinto foi diagnosticado com problemas de desenvolvimento. O leão-marinho, por sua vez, morreu após sofrer uma hemorragia interna decorrente de um traumatismo.

“Podemos dizer que as mortes relacionadas à traumas são claramente causadas pelas condições de confinamento”, pontuou Goodman, que soube dos casos através de consultas ao cadastro nacional de mamíferos em cativeiros, que é mantido pelo National Oceanic and Atmospheric Administration (NOOA).

Preocupada com o bem-estar do restante dos animais aprisionados nos tanques do parque aquático, a PETA entrou com um pedido para que o Miami Seaquarium transfira a baleia Lolita e os outros golfinhos para santuários à beira-mar.

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