Episódios frequentes de seca intensificados pelas mudanças climáticas estão matando alces e veados que vivem em uma reserva em Utah, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada recentemente pela Divisão de Recursos da Vida Selvagem (DWR, na sigla em inglês), que afirma que além da caça, os animais estão sendo dizimados pela falta de oferta de água e, consequentemente, de alimento.

As populações de alces e veados que vivem na região estão caindo drasticamente. “As secas têm diminuído a vegetação , que é a principal fonte de alimento desses animais e, com isso, leva à diminuição do teor de gordura e da massa muscular. À medida que o cervo fica menor e mais fraco, os filhotes geralmente nascem menores do que a média e têm menos chance de sobreviver”, pontua o DWR.

A chegada no inverno no Hemisfério Norte (22 de dezembro) será um momento crítico para os animais que vivem na reserva. A DWR acredita que os animais mais jovens, infelizmente, não não sobreviverão. Ativistas pedem que as licenças de caça sejam suspensas, pois os animais, além de estarem fracos o suficiente para fugir, correm risco de extinção.

O coordenador da DWR Big Game, Covy Jones, confirma que a situação é crítica. “O número de cervos diminuiu cerca de 60.000 em relação a cerca de quatro anos atrás devido aos efeitos climáticos e à seca. Os caçadores devem estar cientes de que quando há menos cervos na paisagem, pode ser mais difícil encontrar cervos durante a caça. Esses animais estão ameaçados”, pontuou.

As populações de alces e veados estiveram estáveis por muitos anos, mas estão sofrendo com as mudanças climáticas. A previsão é que a situação piore. Órgãos públicos de proteção ambiental estão estudando formas de trazer mais conforto e bem-estar aos animais, mesmo que de forma artificial, mas não há nada conclusivo em andamento.