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DADOS ALARMANTES

Quase 200 animais marinhos são encontrados mortos em quatro dias no Paraná

Embora as causas das mortes ainda estejam sob investigação, as condições climáticas podem ajudar a explicar os encalhes

8 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/RPC

Quase 200 animais marinhos foram encontrados sem vida em praias do litoral do Paraná em apenas quatro dias. Os dados, do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foram registrados entre sexta (3) e segunda-feira (6).

Pinguins e tartarugas estão entre as principais espécies identificadas pelos pesquisadores. Os encalhes ocorreram em praias de Guaratuba e Pontal do Paraná.

Embora as causas das mortes ainda estejam sob investigação, as condições climáticas podem ajudar a explicar os encalhes. Isso porque, segundo a bióloga e coordenadora do LEC, Camila Domit, o aumento no número de animais encalhados tem relação com ventos de alta intensidade registrados entre sexta e sábado (4).

“Anualmente nos temos um período onde a gente tem uma quantidade maior de encalhes. Neste ano, esse foi o período com maior concentração de encalhes, com quase 200 animais, o que é surpreendente, mas coincide com esse período de inverno e início de primavera aqui no litoral”, afirmou ao G1 Camila Domit.

Por meio de nota, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) reforçou ainda que muitos animais marinhos estão passando pelo Paraná por estarem executando suas rotas migratórias. Essa migração ocorre devido à necessidade de procurar alimento ou se reproduzir.

No entanto, desta vez, os animais têm ficado mais próximos da costa paranaense, o que pode ter influenciado no número de animais marinhos encontrados pelos pesquisadores.

O que fazer ao encontrar um animal marinho?

Especialistas reforçam que não se deve tentar resgatar, em hipótese alguma, animais marinhos vivos ou mortos encontrados em praias brasileiras. Nestes casos, o recomendado é isolar o local, manter cães e gatos longe do animal encalhado e acionar um serviço especializado.

No Paraná, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) pede que a população acione a prefeitura do município onde o encalhe aconteceu para que providências adequadas possam ser tomadas.

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