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AMEAÇADO DE EXTINÇÃO

Autoridades apreendem 17 toneladas de escamas de pangolim na Nigéria

Três homens foram presos e um quarto fugiu. A suspeita das autoridades é de que o fugitivo seja o chefe de uma rede criminosa de tráfico internacional de animais selvagens

11 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reuters/Imagem Ilustrativa

O Serviço de Alfândega da Nigéria apreendeu cerca de 17 toneladas de escamas e 60 kg de garras de pangolim, animal ameaçado de extinção que lidera a lista de espécies alvo do tráfico internacional. Também foram apreendidos 44 kg de presas de elefantes.

Os itens apreendidos são traficados para serem usados na fabricação de jóias e de remédios da Medicina Tradicional Chinesa, sem eficácia comprovada cientificamente. Juntas, as escamas, as garras e as presas foram avaliadas em aproximadamente 22,3 bilhões de nairas nigerianas, o que equivale a quase R$ 290 milhões.

Durante a operação que levou à apreensão dos produtos, três estrangeiros foram presos, segundo o jornal local Nigerian Tribune. Um quarto homem que estaria envolvido no crime conseguiu fugir, embora tenha sido perseguido. As autoridades acreditam que o fugitivo seja o chefe da rede criminosa de tráfico internacional de animais selvagens, como o pangolim.

Atualmente, a Nigéria é considerado um centro para o tráfico internacional de pangolins africanos. Os animais e partes de seus corpos passam pelo país para serem enviados à Ásia. A prática desse crime estaria relacionada à insegurança das fronteiras, ao afrouxamento da lei durante sua aplicação, à corrupção e ao fácil acesso a portos.

As ações de combate ao tráfico da fauna silvestre realizadas pela Alfândega nigeriana recebe apoio de autoridades e instituições não governamentais de países como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Apesar disso, os esforços não têm sido suficientes para frear os traficantes. Embora ocorram apreensões, o crime segue ameaçando a sobrevivência dos pangolins.

Considerados criticamente ameaçados de extinção, os pangolins são alvo de traficantes que os matam, submetendo-os a sofrimento, para comercializar suas escamas, que são traficadas para serem utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa. Sem qualquer comprovação de eficácia, os medicamentos produzidos a partir dos corpos desses animais ainda encontram demanda entre os chineses.

Em janeiro, 17 traficantes foram condenados pela Justiça chinesa após contrabandearem 23 toneladas de escamas de pangolim. Os produtos foram levados da Nigéria para a China, onde, desde 2018, importar produtos de pangolim configura crime.

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