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ESTUDO

Crise do clima pode gerar temperaturas congelantes na Europa e na América do Norte

Pesquisador do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, na Alemanha, Niklas Boers considera que “o limite crítico está provavelmente muito mais próximo do que esperávamos”

10 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Pixabay/Ilustrativa

Um estudo divulgado recentemente alertou para o risco de uma onda de temperaturas congelantes chegar à Europa e à América do Norte graças ao enfraquecimento da Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC), como é denominado o conjunto de correntes que transporta água quente e salgada dos trópicos para o norte europeu e, leva água mais fria de volta ao sul.

Essas circunstâncias também podem elevar o nível do mar ao longo da costa leste dos Estados Unidos e interromper monções sazonais que garantem que grande parte do mundo receba água.

Pesquisador do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, na Alemanha, Niklas Boers considera que “o limite crítico está provavelmente muito mais próximo do que esperávamos”.

Em 2019, o “Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Clima em Mudança”, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, já tratava do assunto. Na ocasião, os pesquisadores alertaram através do documento que a Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico “enfraqueceria durante este século, mas o colapso total nos próximos 300 anos só seria provável nos piores cenários de aquecimento“.

“É um daqueles eventos que não deveriam acontecer, e devemos tentar tudo o que pudermos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível. Este é um sistema com o qual não queremos mexer”, ressaltou Boers.

Para o físico climático Levke Caesar, da Maynooth University, nos EUA, “este é um aumento na compreensão de quão perto de um ponto de inflexão o AMOC já pode estar. A mera possibilidade de que o ponto de inflexão da AMOC esteja próximo deve ser motivação suficiente para tomarmos contra-medidas”. Ao Washington Post, o especialista afirmou que “as consequências de um colapso provavelmente seriam de longo alcance”.

Os pesquisadores reforçam ainda que a temperatura do planeta está 1 grau Celsius mais quente por conta da queima de combustíveis fósseis. Com as mudanças climáticas, ondas de calor, frio extremo, incêndios florestais e inundações se tornaram mais comuns em várias partes do mundo.

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