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SECA SEVERA

Mudanças climáticas deixa picos de montanhas sem neve na Cordilheira dos Andes

O cenário é bastante preocupante, já que a escassez de neve tem ocorrido justamente durante o inverno, estação do ano em que grandes quantidades de neve deveriam estar caindo sobre a região

8 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Imagens de satélite dos dias 27 de julho de 2020 e 29 de julho de 2021 mostra escassez de neve na Cordilheira dos Andes (Foto: DG DEFIS/Divulgação via Reuters)

Reflexo das mudanças climáticas, a seca que atinge a Cordilheira dos Andes, na América do Sul, já dura uma década e tem como consequência a queda brusca na quantidade de chuva e de neve, o que levou montanhas da região, que se estende do Equador à Argentina, a ficarem com áreas irregulares de neve ou sem neve alguma.

Cientistas reforçam que essa situação alarmante tem relação direta com as mudanças climáticas e o aumento da temperatura global. Com isso, não só o ecossistema como um todo, incluindo a fauna e a flora, sofrem, mas também a comunidade local.

Segundo o pesquisador do Instituto Argentino de Neve, Geleiras e Estudos de Ciências Ambientais, Ricardo Villalba, a escassez de neve e chuva pode prejudicar o abastecimento de água da população.

“Aqui estamos vendo um processo de queda na precipitação em um longo prazo, uma megasseca”, disse Villalba em entrevista à agência de notícias Reuters. “Se olharmos os níveis de precipitação agora para a cordilheira inteira, eles mostram que ou não nevou nada, ou que nevou muito pouco”, acrescentou.

O cenário se torna ainda mais alarmante quando se observa que o Hemisfério Sul passa, no momento atual, pelo inverno, quando neve deveria estar caindo sobre a Cordilheira dos Andes em grandes quantidades.

A seca extrema tem afetado, inclusive, o turismo. Muitos resorts precisarem transportar neve ou fabricar neve artificial para receber turistas que querem esquiar nas descidas mais populares da região. Esses estabelecimentos se esforçam para manter as próprias rendas ao atrair turistas após um longo período de atividades suspensas em decorrência da pandemia mundial de coronavírus.

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