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LIBERDADE

Gorila que viveu preso em zoo por 13 anos é transferido para reserva ambiental

Em seu novo lar, Joshi poderá desfrutar da natureza e dividir a vida com Loukelela e Boumassa, dois gorilas órfãos

8 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Após 13 anos de aprisionamento, o gorila Joshi teve a chance de voltar a viver em liberdade. Retirado de um zoológico no Reino Unido no qual era explorado para entretenimento humano, o animal silvestre foi transferido para uma reserva ambiental na República do Congo.

A transferência ocorreu recentemente graças ao trabalho incansável de projetos voltados à preservação ambiental e à proteção da fauna silvestre. Unidas, a entidade Aspinall Foundation e a iniciativa Back To The Wild (De Volta à Vida Selvagem, em tradução livre) garantiram a liberdade de Joshi após mais de uma década de sofrimento.

Criado em um zoológico no Reino Unido, o gorila foi transferido para a República do Congo, onde passou a viver em seu habitat, através do transporte aéreo. O destino final do animal foi reserva ambiental de Lesio-Louna, situada na capital congolesa Brazzaville.

O tratador do gorila o acompanhou durante toda a viagem, que foi realizada após uma caixa ter sido especialmente construída para Joshi, com estrutura de aço e interior de madeira com tratamento térmico para garantir conforto ao animal e não ameaçar sua integridade física.

Em seu novo lar, Joshi poderá dividir a vida com Loukelela e Boumassa, como são chamados dois gorilas órfãos e machos que têm  sete anos de idade e são, a partir de agora, seus novos amigos. Juntos, eles desfrutarão da vida em liberdade, longe da exploração e do sofrimento.

Exploração para entretenimento humano

Tratados como meros objetos em exposição, os animais mantidos por zoológicos em todo o mundo são privados de seus direitos básicos. Impedidos de viver em paz na natureza, eles são trocados, vendidos e doados entre os zoológicos como se fossem mercadorias.

Aprisionados em jaulas, vivem muitas vezes sob o cimento, em recintos pequenos e inadequados. Sofrem de solidão, desenvolvem depressão e vivenciam dias de angústia. Movimentos repetitivos que sinalizam o estresse ao qual são submetidos são comuns entre os animais que vivem nesses locais.

Para serem respeitados enquanto sujeitos de direito, esses animais deveriam ser transferidos para santuários. Capazes de fornecer condições melhores aos animais silvestres, os santuários possuem recintos amplos, com grama, enriquecimento ambiental, e todo o necessário para simular, da melhor maneira possível, o habitat das espécies.

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