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INVERNO

Filhotes de tamanduá órfãos ganham ursinhos de pelúcia para se aquecer

22 de julho de 2021
Andrine Perrone | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução | G1 

Segundo informações do Campo Grande News, com a baixa temperatura, filhotinhos de tamanduá recebem cobertores e ursinhos de pelúcia para aquecer do frio, já que muitos deles são órfãos. O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres ( CRAS ) atuam com uma verdadeira operação de guerra, para garantir o bem-estar dos animais e o conforto térmico.

“Eles precisam de cuidados extras, por isso, eles ficam em uma sala com aquecedores para mantê-los expostos a temperaturas amenas”, diz Aline Duarte, coordenadora do CRAS. Entretanto, explica que 250 animais estão abrigados para reabilitação atualmente. Pelo menos 20 deles são filhotes, cerca de 70% aves.

Coordenadora do CRAS explica manejo dos animais durante os períodos frios | Foto: Kísie Ainoã

De acordo com Aline, na natureza os filhotes chegam a ficar de 10 meses a um ano grudados com a mãe, sendo assim eles tentam reproduzir algo semelhante, como no caso dos filhotes de tamanduá onde a pelúcia e o cobertor recriam um ambiente materno. “O tamanduá mais novo tem cerca de dois meses de vida e os filhotes ficam aqui até que cresçam o suficiente para poderem ir lá para fora”, diz a coordenadora.

Os animais adultos também contam com uma atenção especial no inverno, além do berçário, explica ela. “É o segundo frio desse ano, os animais adultos já estão acostumados com o frio, o que nós fazemos com o recinto é providenciar um corta vento porque quando estão na natureza eles se escondem nos topos de árvores ou em qualquer outro abrigo, aqui nós fazemos essa simulação colocamos lonas nas grades e em alguns casos, caixa de papelão”.

Semanalmente, é realizada a manutenção das lonas. Elas são retiradas dois ou três dias depois  que as temperaturas aumentem para que os animais possam voltar ao ambiente natural.

“A gente vai acompanhando antes a previsão do tempo para não sofrer aquele impacto. Às vezes tem uma perda ou outra de animais e  esse trabalho ajuda a diminuir”, comentou Aline. A equipe monitora a previsão do tempo, para não serem pegos de surpresa.

Lonas usadas como corta vento para proteger as aves abrigadas | Foto: Kísie Ainoã

Segundo biólogo Allyson Fávero, quando cai a temperatura, os aquecedores são ligados no máximo, o que permite uma temperatura mais próxima dos 30 graus. Já em noites mais amenas, exceto o verão, a temperatura fica em torno de 20 a 25 graus.

Filhotes em ambiente aquecido, com seus cobertores e bichinhos de pelúcia Foto: Kísie Ainoã

O biólogo conta que a maioria dos filhotes que estão no berçário do CRAS, são órfãos e perderam suas mães por atropelamento ou por outros motivos.

“A gente tem parceria com o Instituto Tamanduá. Os animais não têm nomes oficiais, mas para que a gente consiga identificar os tamanduazinhos nós os apelidamos de Trovão, Tungá, Tinoco e Flora”, diz a médica veterinária Fernanda Cristina Jacoby.

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