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DESPEDIDA

Cantora Naiara Azevedo homenageia cadela que morreu: 'Te amo pra sempre, filha'

Segundo Naiara, ter convivido com a cadela foi uma experiência que lhe trouxe "alegria, paz, aconchego, luz, aprendizado e um amor sem explicação"

9 de julho de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Naiara Azevedo, de 31 anos, usou as redes sociais para anunciar a morte de sua cadela e fazer uma homenagem ao animal. Na publicação, a artista falou sobre a alegria de ter convivido com Marcelina e expôs a dor de ter que passar pela fase do luto.

Para homenagear a cadela, Naiara publicou uma foto de Marcelina usando uma roupinha cor de rosa. “Animais são anjos disfarçados mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é felicidade! E é isso que você trouxe para minha vida, filha!”, escreveu a cantora.

Segundo Naiara, ter convivido com a cadela foi uma experiência que lhe trouxe “alegria, paz, aconchego, luz, aprendizado e um amor sem explicação”.

“Te amo pra sempre, filha. Marcelinaaaaaa! Como vai ser não poder te gritar assim pela casa? Que vazio meu Deus”, completou a cantora.

Luto pela perda de um animal deve ser respeitado

Alguns podem não ligar para esse tipo de homenagem e achar exagerado o sofrimento pela perda de um animal. A psicóloga Simone Miranda Rosa, porém, avisa: “Esse luto deve ser respeitado”. Segundo ela, a morte de um animal pode ser tão dolorosa quanto a de uma pessoa, dependendo do grau de vínculo. “O luto gera angústia”, define.

A psicóloga Déria Oliveira, que fez tese de doutorado sobre o luto pela morte de animais, orienta que um jeito de encontrar alívio é procurar pessoas do convívio que aceitem esse sofrimento e que saibam falar dele.

“Em alguns casos, pode ser preciso buscar ajuda de um psicólogo”, diz. Sua colega Simone acrescenta: “Esse luto deve ser acompanhado de perto por familiares, para que não seja incapacitante e prolongado demais. A vida precisa prosseguir”.

A adoção de outro animal, segundo Déria, não necessariamente ajuda a superar a perda. “Se o tutor quer outro animal, isso pode ser positivo.” Pessoas entrevistadas em sua pesquisa, porém, apontaram como “insensível” oferecer outro animal a quem acabou de perder o seu. “A pessoa poderá rejeitá-lo.”

Simone, por sua vez, diz que essa perda tem efeitos diferentes, conforme a idade. “As crianças geralmente lidam melhor. Seu mundo imaginário permite criar destinos felizes para seus amiguinhos e, com isso, o luto é um pouco mais breve, mas não menos sofrido. Os adultos pensam nas memórias e nas dores dos últimos instantes. Já os idosos sofrem muito, pois são mais sensíveis. Muitos entram em quadro depressivo.”

Ela alerta que é errado dizer a quem vive esse luto frases como “era só um cachorro, você adota outro” ou “ele estava velho e só dava trabalho”. A tristeza do outro precisa ser compreendida e respeitada.

COMO AGIR

Veja o que fazer quando seu animal morre

Clínica veterinária

O tutor pode procurar uma clínica veterinária após a morte do animal. Esses estabelecimentos pagam uma taxa para a prefeitura, e ela recolhe o lixo hospitalar, incluindo os cadáveres de animais. Eles são encaminhados ao Centro de Zoonoses e incinerados. O serviço é gratuito.

Cemitério de animais

Em algumas cidades existem cemitérios para animais domésticos. Esses locais devem ter permissão da prefeitura para funcionar e precisam seguir as exigências de órgãos de fiscalização. O serviço custa, em média, de R$ 1.450 a R$ 2.500.

Crematórios especializados

Assim como os cemitérios de animais, em grandes cidades, como São Paulo, existem crematórios. Além da cremação pela prefeitura, também é possível optar por crematórios especializados, onde os animais são cremados separadamente – diferentemente do processo feito pela prefeitura. As cinzas são colocadas em urnas e entregues ao tutor. O serviço custa de R$ 1.300 a R$ 2.000.

Importante!

Se o tutor possui mais animais ou pensa em adotar outro logo após a morte do animal, é necessário limpar a casa com desinfetante, pois algumas doenças ficam no ambiente e podem contaminar filhotes que ainda não são vacinados.

Obs.: Não enterre o animal por conta própria! O cadáver libera bactérias e substâncias que contaminam o solo.

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