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ASCENÇÃO

Mercado de alimentos alternativos à carne e a laticínios será 100 vezes maior em 2050

19 de junho de 2021
Kauana Kempne Diogo I Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Pixabay

Um relatório divulgado pela Credit Suisse aponta que a produção de global de alternativas éticas à carne e a laticínios cresceram até 100 vezes até 2050 para atender a um novo grupo de consumidores, mais consciente e preocupada com a saúde e o meio ambiente. Esse mercado valerá 1,5 trilhão de dólares.

“Vemos um forte potencial de crescimento para alternativas às proteínas de origem animal. Isso significa que pode haver muitas oportunidades de investimentos nos próximos anos”, avalia o Credit Suisse, banco suíço que também opera no Brasil.

De acordo com o portal Vegazeta, o relatório traz em destaque a mudança em direção a uma dieta vegetariana estrita, que torna imprescindível que o sistema de alimentos global se torne mais sustentável.

Conforme as pesquisas do Credit Suisse, uma dieta à base de vegetais possui uma intensidade de emissão de carbono cerca de 90% menor do que dietas convencionais, além disso eles oferecem benefícios como o potencial de reduzir o número de mortes prematuras entre adultos em cerca de 11 milhões.

Efeito estufa

“A produção e o consumo de alimentos contribuem com mais de 20% para as emissões globais de gases de efeito estufa e são responsáveis por mais de 90% do consumo mundial de água doce. O provável crescimento da população mundial para 10 bilhões em 2050 poderia aumentar as emissões relacionadas aos alimentos em outros 46% enquanto a demanda por terras agrícolas poderia aumentar em 49%”, demonstra o relatório.

A avaliação feita pelo Credit Suisse aponta que esses dados são conflitantes com a necessidade de alcançar no mundo todo um ambiente de emissão líquida zero até 2050. “Se quisermos cumprir essa meta, precisamos mudar o que comemos, quanto comemos e como produzimos nossos alimentos.”

Mudanças no sistema alimentar global

Segundo dados do relatório, com mudanças no sistema alimentar do mundo todo, teríamos benefícios para o ecossistema e a saúde humana.

“Mas ainda temos um longo caminho a percorrer para chegar lá: hoje, quase 700 milhões de pessoas estão desnutridas, enquanto 40% da população adulta mundial tem sobrepeso ou obesidade. Alguns estudos sugerem que mais de 20% do total de mortes de adultos com 25 anos ou mais podem ser atribuídos a hábitos alimentares inadequados, causando grande sofrimento humano, além de prejuízos à economia”, avalia.

“Precisamos produzir e consumir alimentos saudáveis e mais baratos para restaurar a saúde dos humanos e do planeta. Para fazer isso, governos, empresas e cidadãos devem apoiar esse tópico e pressionar por ações”, conclui.

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