EnglishEspañolPortuguês

ÁFRICA DO SUL

Flexibilização do lockdown aumenta caça de rinocerontes

9 de maio de 2021
Bruna Araújo | Redação ANDA
1 min. de leitura
A-
A+
Foto: Pixabay

A caça de rinocerontes voltou a crescer na África do Sul desde o afrouxamento de restrições para impedir a propagação da Covid-19. O lockdown imposto em março de 2020 no país trouxe paz e segurança para animais. O registro de mortes de animais por caçadores caiu 30%, mas 14 meses depois os números aumentaram novamente.

Jo Shaw, representante da WWF, afirma que a ameaça é pungente. “Desde novembro do ano passado, o Parque Nacional Kruger tem experimentado um grande número de incidentes de caça de rinoceronte. Há uma ameaça muito real e percebida, pois a pressão da caça aumentou desde o bloqueio, talvez para atender à demanda dos mercados internacionais”, disse.

A caça de rinocerontes geralmente envolve caçadores locais e cartéis internacionais que contrabandeiam partes dos animais através das fronteiras, muitas vezes para a Ásia, onde a demanda é alta. Os métodos são desumanos. Os rinocerontes geralmente são alvejados com uma arma tranquilizante antes de o chifre ser cortado, resultando no animal sangrando até a morte.

Com a chegada da pandemia, muitas reservas tiveram os seus orçamentos reduzidos, o que ocasionou na redução do investimento em monitoramento e proteção dos animais, deixando rinocerontes e outras espécies ainda mais vulneráveis. Muitas reservas estão optando por cortar os chifres dos rinocerontes de forma segura para evitar que eles se tornem alvos de caçadores.

O Ministério do Meio Ambiente ainda não divulgou números oficiais da quantidade de animais encontrados mortos. A África do Sul é o lar de 16.000 rinocerontes, mas as secas frequentes e a caça estão dizimando as populações da espécie.

    Você viu?

    Ir para o topo