Tendo já exposto o horror que define as condições de vida e morte dos macacos no Washington National Primate Research Center (WaNPRC) da Universidade de Washington (UW), a PETA (Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais, em português) revisou os registros públicos para expor outros maus-tratos a animais nos laboratórios da escola. O que foi descoberto foi surpreendente, tanto em escopo quanto em frequência.

A PETA solicitou ao National Institutes of Health (NIH) registros que documentam violações das diretrizes federais de bem-estar animal nos laboratórios da escola, porque a experimentação da UW é financiada em grande parte por seus impostos.

Na UW, os experimentadores permitem que os animais morram de fome e morram de desidratação.Eles deram-lhes doses incorretas de medicamentos e administraram muito pouco ou nenhum alívio da dor. Experimentadores não qualificados realizaram cirurgias em animais vulneráveis. As caudas de alguns animais que não receberam analgésicos foram cortadas, expondo suas medulas espinhais. O braço de um macaco foi amputado, e alguns ratos sobreviveram a um gaseamento mal feito que deveria matá-los, entre muitos outros horrores.

Página da prova da indiferença absoluta dos experimentadores da UW para com os seres vivos e sensíveis salta dos documentos que a PETA recebeu. Os números falam por si:

Entre novembro de 2017 e junho de 2020, houveram 68 incidentes documentados em que animais em UW sofreram ferimentos graves ou morreram – quase um por mês.

O abuso e a negligência são frequentes, são generalizados e afetaram camundongos, ratos, corvos, porcos, furões, sapos, macacos, peixes e outros.

Houveram 37 violações distintas envolvendo centenas de camundongos e ratos que foram mortos ou tiveram que ser sacrificados por causa de abuso ou descuido. Em um incidente de junho de 2020, cinco ratos não receberam medicação para dor antes de suas caudas serem cortadas. Um teve que ser submetido a cirurgia porque a coluna foi exposta depois que os experimentadores falharam em seguir os protocolos aprovados.

Vários outros animais morreram porque os experimentadores da UW e outros membros da equipe não perceberam que não tinham acesso a comida ou água – às vezes por dias – ou estavam doentes e precisavam de cuidados veterinários imediatos.

Houve 15 incidentes envolvendo macacos, incluindo um em abril de 2019, em que os pesquisadores não garantiram que um macaco estava em jejum na noite anterior à cirurgia. Esse macaco engasgou com o vômito e morreu.

Em julho de 2020, o braço esquerdo de outro foi amputado depois que ele escapou de sua gaiola e foi atacado por outro macaco enjaulado. Ainda outro sangrou lentamente até a morte durante a noite depois que um veterinário atingiu sua artéria femoral durante uma coleta de sangue.

Em um incidente de setembro de 2019, 10 furões envolvidos em um experimento de esmagamento de cabeças receberam uma força de impacto maior em seus crânios do que a aprovada, matando um deles.

 Os peixes não se saíram melhor. Em um incidente em abril de 2019, 274 peixes-zebra asfixiados quando um funcionário negligente usou as partículas de carbono erradas para os filtros do tanque.

Em novembro de 2017, vários peixes-zebra foram submetidos a cirurgias realizadas por funcionários não treinados e não qualificados.

Todos os animais atormentados ou mortos no WaNPRC da UW são ou eram seres capazes de sentir medo e dor. Embora possa ser uma surpresa para os experimentadores da UW, eles não são equipamentos de laboratório.

A negligência, incompetência e crueldade encontradas nos documentos do NIH são generalizadas.

Os laboratórios da UW devem ser fechados imediatamente.