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Conflitos bélicos humanos estão levando gorilas à extinção

O que você pode fazer para salvar esses animais,O que você pode fazer para salvar esses animais,O que você pode fazer para salvar esses animais,O que você pode fazer para salvar esses animais

16 de março de 2021
Jerald Pinson | Traduzido por Gabriela AlvesJerald Pinson | Traduzido por Gabriela AlvesJerald Pinson | Traduzido por Gabriela AlvesJerald Pinson | Traduzido por Gabriela Alves
4 min. de leitura
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Imagem de um gorila
Pixabay

Em 1996, o pequeno país africano de Ruanda invadiu seu vizinho a oeste, Zaire, o resultado brutal de genocídios em massa e assassinatos perpetrados por extremistas que tinham recebido abrigo dentro das fronteiras do Zaire. Essa infiltração sangrenta iria culminar na Guerra do Congo, que custou a vida de cinco milhões de pessoas, envolveu vários países africanos proeminentes e colocou duas culturas rivais uma contra a outra.

Enquanto a guerra acabou oficialmente em 2003, mesmo agora há escaramuças locais em partes remotas do Zaire, que desde então foi renomeado como República Democrática do Congo (RDC). Mas muito antes da guerra que dividiu o coração da África, a RDC adoeceu sob o controle de um governante déspota, que embolsou os fundos do país e deixou o governo e a infraestrutura locais se despedaçarem.

O impacto de longo alcance da guerra

A RDC possui dois terços da Floresta tropical do Congo, e os muitos anos de negligência governamental e conflito levaram à quase extinção de um dos maiores habitantes da floresta: o gorila-de-grauer (Gorilla beringei graueri) . Para as milícias locais manterem suas campanhas durante a Guerra do Congo, seus líderes estabeleciam campos de mineração nas profundezas da selva para explorar os recursos naturais que a terra abrigava, como ouro e cassiterita, um mineral usado na produção de estanho. Mas alimentar um grupo de mineiros não é uma tarefa fácil e, na maioria das vezes, o alimento mais próximo disponível era o que pudesse ser caçado na floresta ao redor. Por causa de seu tamanho relativamente grande, os gorilas costumavam ser uma fonte de alimento valiosa e, como consequência, o número de gorilas das planícies orientais dentro de sua extensão natural diminuiu de aproximadamente 17.000 em 1998 para apenas cerca de 3.800 contados este ano.

Agora que a guerra acabou, contudo, as operações de mineração continuam, frequentemente ilegais. Isso, em conjunto com o desmatamento e o comércio ilegal de animais, significa que estamos em perigo imediato de perder o gorila-de-grauer, que tem estado na lista vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, em português) desde 2008.

O que estamos perdendo

Existem duas espécies de gorilas, cada uma com duas subespécies, todas listadas ou como em perigo de extinção ou em perigo crítico de extinção pela IUCN. Os gorilas-de-grauer são encontrados apenas na RDC, sua distribuição às vezes abrangendo a fronteira da Ruanda e Uganda. Isso torna suas populações extremamente suscetíveis à redução de habitats e à caça.

Das quatro subespécies, os gorilas-de-grauer são os maiores, medindo até um metro e meio de altura e pesando entre 90 e 180 quilos. Os gorilas-de-grauer machos também têm mechas de cabelo prateadas icônicas ao longo do contorno de suas costas, de onde o termo “costas prateadas” foi derivado. Apesar de seu grande tamanho, os gorilas são criaturas pacíficas e sociáveis que atacam apenas quando provocados. Eles vivem em pequenos grupos de várias fêmeas e que possuem de um a alguns machos. De manhã e à noite, os grupos procuram comida, com os machos comendo até 20 quilos por dia, e durante o calor do meio-dia, os adultos costumam fazer ninhos no chão da floresta e tirar um cochilo enquanto os gorilas mais jovens brincam.

Depois dos chimpanzés, os gorilas são nossos parentes vivos mais próximos, compartilhando 98% do nosso DNA, e entre as muitas características que compartilham com os humanos está a inteligência. A gorila Koko é famosa por ter um vocabulário de linguagem de sinais de mais de 1.000 palavras, que ela usa para se comunicar com seus cuidadores. Ela gosta especialmente de gatinhos e já teve vários de estimação, com os quais ela ama brincar, e uma vez culpou um por causar um buraco na parede. Infelizmente, seu primeiro gato morreu quando foi atropelado por um carro. Quando os cuidadores deram a notícia à Koko, ela fingiu que não tinha ouvido por cerca de 10 minutos, e depois ela começou a choramingar baixinho e a lamentar a morte de sua amiga, assinando as palavras “carranca”, “chorar” e “triste”.

O que você pode fazer

Essas são as criaturas cujas vidas estão em jogo agora. Você pode ajudar apoiando grupos conservacionistas que trabalham com gorilas, como o fundo Dian Fossey Gorilla Fund ou o projeto Mountain Gorilla Veterinary Project. Você pode até apoiar os esforços locais de ecoturismo, que encorajam países a proteger seus recursos naturais, visitando gorilas na natureza.

 

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