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AMOR

Homem em situação de rua doente deixa de ir a abrigo para não abandonar cão

O abrigo queria obrigá-lo a entrar sem a sua companheira

9 de março de 2021
Ana Garcia | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

A história de um homem em situação de rua português é trágica e solitária. Luis Pereira nasceu em Sintra, um município em Portugal e foi abandonado pelos pais quando tinha quatro anos de idade. Ele viveu na rua por algum tempo, até que foi adotado, mas, por causa da dificuldade de se relacionar com ele, consequência de seu passado sombrio, a família o largou na rua novamente.

Luis, que desde então vive nas ruas, conheceu Kika há dois anos, uma amável cadela que veio a se tornar a sua companheira.

Ele tem recebido convites de abrigos e instituições, mas todos têm a mesma exigência, que a cadela seja abandonada, o que não é uma opção para o homem, dado o companheirismo entre ambos. Além disso, Luis sabe bem o que é viver solitário na rua e não quer que Kika passe pelo mesmo.

Durante a pandemia, no inverno, eles sobreviveram às fortes chuvas debaixo apenas de uma tenda. Luís foi convidado a ir para um abrigo mas se recusou, porque não aceitavam cães por razões sanitárias.

Há algum tempo, uma organização conseguiu uma casa em que ambos pudessem morar juntos, mas o morador de rua foi forçado a deixar o local após contrair uma doença infecciosa.

“Kika nasceu em 29 de abril de 2019. Ela não tem nem dois anos. Fui procurá-la num canil no Porto quando ela vivia lá na rua. Eu estava usando drogas na época e resolvi acabar com esse vício. Não sei como expressar meu amor por Kika, ela salvou minha vida ”, disse Luis. Ele relata que graças à cadela conseguiu mudar como pessoa, que ela é sua responsabilidade e ele deve cuidar e protegê-la.

Luis sofre de um grave problema respiratório e, por isso, não pode continuar nas ruas, mas se nega a abandonar a companheira. Já pensou, na pior das hipóteses, em entregá-la para adoção, mas deixá-la sozinha está fora de cogitação.

Ele só procura ajuda, não importa de onde vier, o que mais lhe interessa é estar com o seu cão. Ele se disponibiliza a trabalhar ou se mudar para qualquer parte do país. Sabe que deve tomar uma decisão logo, mas sua prioridade é ver Kika bem.

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