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Ativista inicia campanha para criar brigada voluntária para salvar os animais e proteger a natureza

31 de agosto de 2020
5 min. de leitura
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Arquivo pessoal

A luta pela igualdade e pela liberdade sempre foram bandeiras defendidas pelo jovem ativista Alex Henrique Fichler. Ele sempre esteve aberto e atento para as demandas e causas sociais e em 2013, com o resgate dos beagles explorados em laboratórios do Instituto Royal, Alex percebeu que a compaixão também precisava ser estendida aos animais. Ele imediatamente foi ao local prestar apoio aos ativistas que realizavam o salvamento e desde aquele dia passou a repensar os seus hábitos e considerar o veganismo.

A partir de 2014, o ativista adotou um estilo e filosofia de vida totalmente livre de crueldade contra animais e passou a atuar em diversas frentes pela proteção dos animais e do planeta. “Já atuei em combates a incêndios florestais, por exemplo, em 2017, na Chapada dos Veadeiros (GO), em situações de tragédias, como em Brumadinho (MG), em incêndios em comunidades e outros resgates de risco, em ocupações, sempre com o objetivo de pressionar nossos governantes quanto a necessidade de políticas publicas que favoreçam os animais”, disse em entrevista à ANDA.

Arquivo pessoal

Ele reforça que a luta pela defesa dos direitos animais precisa ser coletiva e que é importante deixar a vaidade e a particularização em segundo plano, para focar naquilo que é realmente emergente, a proteção dos mais vulneráveis e indefesos. “Falta união, temos propósito, mas não temos união, temos que deixar o ego de lado, e olharmos todos para uma mesma direção: a abolição da escravidão animal. Temos também questões sociais a enfrentar, questões políticas e etc, são vários os desafios”, aponta.

Alex reforça ainda que todos podem atuar na causa animal e na construção de um mundo melhor. “Já temos instituições responsáveis pela nossa proteção, Defesa Civil, Bombeiros Militares, Samu e outros, mas em vários casos podemos ver a falha dessas estruturas, não quero alongar o assunto quanto a essa parte. O fato é que podemos fazer algo para preencher essa lacuna deixada pelo Estado e atuar como uma força de resgate complementar, atuando onde as forças estatais não chegam ou não ligam”, assinala.

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Partindo dessa premissa, o ativista se dedica a atuar em diversas áreas, se disponibilizando sempre que é necessário dentro dos seus limites e recursos, mas sempre com a intenção de fazer cada vez mais e ser um agente de transformação. “Houve varias situações de risco que atuei, incêndios, busca em escombro, busca em mata, assim como houve varias situações em que precisei atuar e não pude por falta de equipamentos próprios, isso acaba anulando na maioria das vezes a ação”, lamenta.

Atualmente, Alex trabalha como técnico em informática e convive com os seus próprios fantasmas: a depressão e outros transtornos. Além de precisar superar diariamente os desafios de lidar uma sensibilidade extrema e cuidar de sua saúde mental e emocional, ele está se esforçando para criar uma brigada voluntária e devidamente equipada para lidar com situações emergenciais como incêndios, resgates e realizar atividades educativas voltadas para os direitos animais e preservação ambiental.

Arquivo pessoal

Segundo ele, o principal objetivo é agregar. “Pretendo criar uma brigada voluntária como força complementar para as estruturas que já temos, a intenção não é competir mas sim somar e também trabalhar com prevenção e conscientização, levando às áreas mais pobres palestras e outras formas de conscientização para diminuir o risco nesses lugares mais vulneráveis, atuar em busca e resgate de animais e pessoas em situações de risco, seja em área urbana ou outras e atuar em incêndios florestais em comunidade e áreas indígenas. Pretendo profissionalizar o ativismo levando a outro patamar, aumentado o êxito nas ações”, aspira.

Para tornar esse projeto real, Alex criou uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse com o objetivo de arrecadar R$ 4.500. Todo valor arrecado será utilizado para comprar equipamentos de proteção individual que serão extremamente valiosos em ações voluntárias de resgate e apoio. É possível ajudar com até R$10 e toda ajuda fará uma enorme diferença para a concretização dessa iniciativa, que sem dúvidas transformará a vida de muitos animais e pessoas em vulnerabilidade.

Arquivo pessoal

Alex reforça que a colaboração de todos é fundamental. “O ativismo pode se dividir em diversos ramos. Existem aqueles que invadem matadouros, aqueles que entregam panfletos, aqueles que doam recursos financeiros, aqueles que doam tempo, aqueles que enfrentam políticos, pulam muros. Todos nós temos plena capacidade de lutar pelos animais e toda forma de luta, desde que seja verdadeira e direcionada é importante, creio que a pessoa deve começar não explorando os animais. O resto é construção, adaptação”, acredita.

O ativista acrescenta ainda que o seu projeto é parte do que ele deseja para a luta pelos direitos animais no país. “Um ativismo cada vez maior e abrangente, profissionalizado, preparado, não excludente, que chegue a todas as áreas e classes sociais e a brigada que tenho em mente é parte de tudo isso.. tanto como veículo como parte fruto dessa necessidade”, conclui.

Arquivo pessoal

Para colaborar com a brigada voluntária de Alex Fichler, clique aqui. Para saber mais, acesse a página do projeto no Facebook.


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