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Após ser torturado, touro reage e fere toureiro na Espanha

11 de agosto de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

O toureiro espanhol Enrique Ponce foi atingido nas nádegas por um touro após ter esfaqueado animal, que em profundo sofrimento revidou. O episódio ocorreu em El Puerto de Santa Maria, em Cádis, Andaluzia, na primeira tourada realizada após a flexibilização do lockdown na província espanhola.

Ponce é considerado um dos principais toureiros da Espanha e estava participando do espetáculo para a celebração do 140º aniversário da Real Plaza de Toros de El Puerto de Santa María. Após reagir contra seu agressor, o touro tombou e morreu em decorrência dos graves ferimentos que tinha sofrido.

O toureiro não sofreu ferimento graves. Não é a primeira vez que Ponce é atacado após torturar touros. Em 2019, ele sofreu ferimentos no joelho e precisou ser submetido a cirurgias. Em 2014, Ponce quebrou a clavícula e várias costelas no festival Las Fallas.

A organização Animal Guardians analisou o episódio recente e aponta que não faltam evidências de que as touradas precisam ser abolidas. O caso de Ponce reacende o debate sobre uma atividade bárbara que subjuga animais e os tortura, mas que também se tornou um risco de morte para os algozes.

Veja fotos do ataque a Ponce AQUI.

Tortura e maldade

Espetáculos que envolvem a tortura de touros remontam ao século 17 e tiveram sua origem na península ibérica antes de se espalharem para outros países como França, Filipinas, China e países invadidos e colonizados por espanhóis na América Latina. O conjunto dessas práticas cruéis são conhecidas como touramaquia e são principalmente divididas em touradas e corridas de touros.

Animais abusados nesses espetáculos são criados e mantidos em condições de maltrato extremo para se tornarem “bravios” e serem considerados “dignos” de irem para a arena, onde serão agredidos e atingidos com facadas, lanças e espadas até a morte para deleite do público.

Práticas touromáquicas são fortemente combatidas por ativista na Europa e nas Américas e já tiveram sua realização proibida e em algumas cidades portuguesas e espanholas após um forte apelo público pedindo o fim de uma atividade que assassina brutalmente animais apenas pela maldade e egoísmo humano.


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