Uma investigação feita pela organização PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em tradução livre) revelou que, apesar das proibições recentes e do desestímulo ao consumo de cães e gatos, listados agora como animais de companhia e não mais indicados para consumo, mercados de animais na China continuam comercializando cães, gatos, coelhos e porquinhos-da-índia livremente.
Comerciantes afirmam que os animais são vendidos como “animais domésticos”, mas ativistas apontam que isso é apenas um disfarce. Imagens registradas secretamente mostram cães, gatos e porquinhos-da-índia em condições precárias e aparentemente doentes. Eles são mantidos em gaiolas imundas com água pútrida deitados sobre suas próprias fezes e urina. Um coelho morto foi encontrado em uma lixeira.
Há ainda pombos, galinhas e codornas vendidos vivos e mortos para consumo. A PETA afirma que é lamentável que a comercialização de animais siga ininterrupta de forma tão indiscriminada e sem nenhuma fiscalização sanitária, apesar da quantidade de alertas feitas por diversas autoridades e órgãos de saúde sobre os riscos da relação entre comércio e consumo de animais com o surgimento de novas pandemias.
A PETA salienta ainda que nenhum desses animais recebem cuidados veterinários e não há normas mínimas de bem-estar. Animais mortos são mantidos nos mesmos locais que animais ainda vivos. “As doenças correm desenfreadas quando os animais são confinados a espaços fechados e imundos”, disse Jason Baker, vice-presidente sênior da PETA.
E completa: “Embora a trajetória da pandemia da Covid-19 permaneça imprevisível, uma coisa é certa: os mercados de animais vivos continuarão a colocar a população humana em enorme risco”, concluiu.
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