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Namíbia condena elefantes à morte para "proteger plantações"

26 de maio de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

Dez elefantes foram mortos por autoridades da vida selvagem da Namíbia após o governo decretar que os animais representam uma ameaça para plantações. A denúncia foi feita pelo jornal The Independent e cita ainda que um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente, Florestas e Turismo do país confirmou que os elefantes foram assassinados após pisotear plantações.

O órgão afirmou ainda que os animais mortos tiveram seus corpos fatiados e a carne foi distribuída entre agricultores “prejudicados” pela manada. O país proibiu a morte de elefantes em 1995, mas reintroduziu a permissão em 2008, depois que as populações de elefantes aumentaram de 8 mil para quase 20 mil em pouco mais de uma década, o que deveria ser considerado uma excelente notícia.

Em diversos países da África o choque entre elefantes e seres humanos sempre termina com a morte dos animais. A visão antropocêntrica com qual o governo media a situação mostra completo desrespeito à vida e ignora que os locais utilizados como áreas de plantios são na verdade habitat das espécies selvagens. Esses animais são expulsos de seus lares e condenados à morte.

Após a repercussão negativa, o governo tentou argumentar que a práticas de extermínio só são utilizadas como última alternativa, mas não esclarece que medida foram tentadas antes para evitar o assassinato dos elefantes. Além de sobreviver à perda de seus habitats e a caçadores, a espécie também precisa sobreviver à insensibilidade e jogos políticos de líderes governamentais.


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