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Milhares de animais selvagens sofrem com a fome em zoos na Indonésia

1 de maio de 2020
4 min. de leitura
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Milhares de animais selvagens, incluindo tigres-de-sumatra e orangotangos de Bornéu, espécies criticamente ameaçadas de extinção, estão sofrendo com a fome a falta de cuidados em zoos da Indonésia fechado devido à pandemia de Covid-19 . Cerca de 60 zoológicos do país asiático estão fechados e com o quadro de funcionários reduzido.

As administrações alegam que devido à falta de recursos não têm como alimentar os animais. Equipes estão se organizando para coletar plantas e grama para alimentar os animais herbívoros, mas as espécies carnívoras estão sendo mantidas com uma alimentação reduzida muito abaixo do recomendado.

Segundo Sulhan Syafi’i, porta-voz da Associação Indonésia de Zoológicos, animais que não são nativos e não possuem status de proteção possivelmente serão mortos para a sobrevivência de animais mais raros ou em risco de extinção, como tigres-de-sumatra. “Precisamos começar a pensar em prioridades”, disse.

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Tailândia

Um grupo de amigos que viajava pela ilha de Phuket, na Tailândia, ficou surpreso a passar em frente ao zoo da província e principal atração turística da ilha e perceber que o local estava completamente abandonado. Eles gravaram um vídeo mostrando a situação dos animais e divulgaram em diversas redes sociais.

O australiano Minh Nguyen, membro do grupo, acredita que o abandono é devido à pandemia. “Eu e meus amigos fomos passear e nos deparamos com um zoológico abandonado ainda cheio de animais. O proprietário faliu e os tempos são difíceis durante essa pandemia”, disse. No entanto, o zoo de Phuket está na mira de ativista há anos.

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Diversas investigações feitas no passado mostram animais vivendo em condições degradantes e sendo forçados a realizarem truques para entreter visitantes. O abandono do zoo é mais uma prova do completo desprezo e desrespeito aos direitos animais.

Após a repercussão causada pelo vídeo, a administração do zoo afirmou que a quarentena e a ausência de clientes impede a arrecadação de recursos para alimentar os animais e estuda a possibilidade de fechamento definitivo do zoo. Ativistas estão em busca de recursos para salvar os animais.

Crueldade na Alemanha

Como se não bastasse viverem aprisionados, privados de liberdade e do contato com a natureza, animais do Zoológico de Neumünster, na Alemanha, podem ser mortos para servir de alimento para os demais animais aprisionados no local.

O zoológico afirmou, em entrevista à emissora britânica BBC, que cogita matar os animais por conta da falta de recursos para sustentá-los, ocasionada pelo fechamento do zoo por devido à quarentena imposta pelo coronavírus.

“Já listamos os animais que teremos que matar primeiro”, disse Verena Kaspari, diretora do Zoológico de Neumünster, ao jornal Die Welt. “Se for o caso, terei que matar os animais em vez de deixá-los morrer de fome. Na pior das hipóteses, teremos que dá-los de comer a outros animais”, acrescentou.

As focas e os pinguins foram citados como exemplos por Kaspari, por serem animais que precisam comer grandes quantidades de peixe fresco diariamente. No entanto, segundo ela, matar os animais não resolveria o problema da falta de recursos e seria a última opção do zoológico.

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O zoo, pertencente à Associação Nacional de Zoológicos da Alemanha (VdZ, na sigla em alemão), estima perdas de recursos que podem chegar a 175 mil euros neste trimestre. A VdZ não é atendida pelo fundo governamental voltado a pequenos negócios.

Assim como outros estabelecimentos similares, o zoológico alemão está pedindo doações à sociedade e um auxílio do governo de 100 milhões de euros, de acordo com informações da agência de notícias DPA.


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