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Depois de 100 anos primeiro filhote de anta nasce no Rio de Janeiro

18 de março de 2020
2 min. de leitura
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O filhote é de uma população de antas reintroduzida em uma reserva localizada na cidade de Cachoeiras de Macacu

Os filhotes de anta possuem uma pelagem que lembra uma camuflagem. Foto Marcel Langthim/Pixabay

A caça e o desmatamento provocaram a extinção das antas no Rio de Janeiro por 100 anos, mas o trabalho dos pesquisadores do Projeto Refauna, na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), acaba de dar resultado. Com o corpo todo estriado, uma espécie de camuflagem típica dos filhotes de anta, o primeiro “bebê” de antas reintroduzidas na reserva foi flagrado pelas armadilhas fotográficas na cidade de Cachoeiras de Macacu (RJ).

Segundo Maron Galliez, professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e coordenador Projeto Refauna, o filhote deve ter nascido no início de janeiro e ainda não é possível saber o sexo. O pesquisador começou a trabalhar com as antas em 2012 e, atualmente, dez delas já foram devolvidas à natureza.

“O sucesso, a curto prazo, de um projeto de reintrodução é medido pelo estabelecimento do animal na área, sobrevivência e reprodução. O nascimento desse filhote é um demonstrativo de sucesso do projeto!”, disse o pesquisador ao G1.

Desde meados de 2019, os especialistas desconfiavam que as fêmeas estavam grávidas. “Mas a gestação dura 13 meses e não sabíamos quando ia nascer. No final de janeiro, encontramos as pegadas do filhote”, explica o pesquisador.

Depois de reintroduzidas as antas são monitoradas por telemetria (um colar que emite sinal de rádio e satélite) e por armadilhas fotográficas, como a que registrou o filhote. Segundo Galliez, são feitos também estudos sobre o restabelecimento das interações ecológicas: “Essa análise é importante porque as antas são consideradas jardineiras das florestas, dispersando as sementes que consomem, podando ramos e folhas e controlando as espécies mais abundantes”. Veja o vídeo do filhote de anta AQUI

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