De acordo com dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que avalia o período do fim de janeiro de 2019 a 21 e 23 de janeiro de 2020, o número de alertas de desmatamento da Amazônia e do Cerrado chegaram a 58.106.
Na Amazônia o desmatamento foi identificado em uma área de 9.304,61 quilômetros quadrados. Já no cerrado, os alertas compreendem 4.744,3 quilômetros quadrados. Ou seja, juntos os dois biomas somam alertas de perda de cobertura florestal em 14.050,91 quilômetros quadrados.
No bioma amazônico, o alerta mais recente divulgado, mas que não entra no cálculo acima, veio do Pará, onde houve alteração de cobertura florestal em uma unidade de conservação. Os dados são baseados em imagens por satélite que visam orientar a fiscalização em campo.
O Deter existe desde 2004 e tem como finalidade informar aos órgãos públicos, assim como a sociedade, o local e a proporção do desmatamento com o objetivo de coibir ações ilegais.
Somente entre agosto de 2018 e julho de 2019, o cerrado brasileiro perdeu uma área total de 648 mil hectares. Segundo informações da organização WWF-Brasil, mais da metade da área original do bioma já foi convertida, principalmente para atividades agropecuárias, e pesquisas apontam que infelizmente apenas 20% do que resta de vegetação encontra-se em condições saudáveis de conservação.
Vale lembrar que em 2019 houve aumento de 30% do desmatamento na Amazônia. No entanto, é importante considerar também que a perda de cobertura florestal não atinge apenas a floresta amazônica e o cerrado, mas também outros biomas.
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