EnglishEspañolPortuguês

Milhares protestam contra testes em animais na Alemanha

22 de outubro de 2019
2 min. de leitura
A-
A+
Manifestantes carregavam pôsteres enfatizando que se os testes fossem realizados em humanos seriam classificados como tortura (Foto: dpa/Mopo)

No sábado (20), pelo menos 7,3 mil pessoas protestaram contra a realização de testes em animais na Alemanha. A manifestação em Hamburgo foi uma reação aos resultados de uma investigação divulgada este mês pela Cruelty Free International e conduzida pela organização alemã SOKO Tierschutz.

O resultado divulgado em um vídeo com duração de pouco mais de oito minutos expõe o sofrimento dos animais utilizados em exames toxicológicos no Laboratório de Farmacologia e Toxicologia (LPT), sediado em Hamburgo, que presta serviços para empresas farmacêuticas, de cosméticos e agrotóxicos de diversas partes do mundo.

Os manifestantes carregavam pôsteres enfatizando que se os testes fossem realizados em humanos seriam classificados como tortura, mas como se trata de não humanos há uma desconsideração em relação a dor e sofrimento que impomos àqueles que não fazem parte do nosso círculo moral.

A manifestação pacífica também fez críticas às leis de bem-estar animal que permitem que essas ações sejam praticadas em decorrência da permissividade legal – que abre precedentes para práticas até mesmo inimagináveis. Alguns manifestantes foram além, declarando que as leis de bem-estar animal são uma piada.

Vale lembrar que os testes de toxicidade envolvem envenenamento de animais como meio de avaliar se um produto químico é capaz de causar danos à saúde humana. Nesse caso, os animais são obrigados a ingerir ou inalar uma determinada substância. Ainda que os animais se sintam muito mal, eles são privados de qualquer anestesia ou medicamento que ajude a aliviar a dor – o que é perceptível no vídeo registrado pela SOKO Tierschutz.

As cenas mostram o sofrimento imposto a macacos, cães e gatos. Há animais que tentam resistir, mas são contidos por meio de instrumentos específicos que os imobilizam e permitem que sejam abusados das mais diversas formas.

As imagens também exibem animais assustados, que tentam evitar qualquer tipo de contato humano em decorrência do estado de privação e sofrimento aos quais são submetidos de forma contínua. Os mais resistentes chegam a ser agredidos antes de receberem substâncias químicas que comprometem sua saúde, reduzem suas expectativas de vida e os matam de forma dolorosa.


Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

Você viu?

Ir para o topo