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Fechamento do Cetas impossibilita triagem de animais silvestres no PR

15 de julho de 2017
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O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Tijucas do Sul, em Curitiba, Paraná, pôs fim às suas atividades no fim de junho deste ano. Com isso, o estado não possui mais um local específico que atue na triagem de animais silvestres resgatados.

Cetas fazia a triagem de animais silvestres resgatados por órgãos ambientais
A PUC-PR afirma que o gasto anual para a manutenção do Cetas era de R$ 700 mil por ano (Foto: Divulgação/PUC-PR)

Edilaine Vieira, diretora de Avaliação de Impacto Ambiental e Licenciamentos Especiais, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), informou que o Cetas era a entidade responsável por receber os animais oriundos, principalmente, de resgates realizados por órgãos de fiscalização ambiental.

Segundo a diretora, o local avaliava a saúde do animal e a possibilidade ou não dele ser devolvido à natureza, para analisar a necessidade de tratamento. Além disso, o espaço também era responsável por abrigar diversos animais. “Nós auxiliamos a destinação do plantel que eles tinham lá. Vários animais moravam no local porque a PUC-PR não conseguia fazer a destinação”, diz Vieira.

Um grupo de tartarugas exóticas eram mantidas no Cetas. Contudo, com a decisão do fechamento, os animais, que não podiam ser devolvidos à natureza, foram condenados à morte. “É proibida a criação, a soltura, o comércio, porque é uma espécie invasora”, explica Vieira. De acordo com a diretora, essas tartarugas poderiam causar a morte de espécies nativas da região, pois não possuem um predador natural.

Em nota, a PUC-PR informou que o Cetas custava aproximadamente R$ 700 mil por ano para manutenção. “A vinculação da PUC-PR com o Centro de Triagem não foi estendido por não se tratar de uma atividade relacionada diretamente ao foco da Instituição”, diz o texto.

Como houve o encerramento das atividades do Cetas, o estado do Paraná não possui mais um local específico para fazer a triagem de animais silvestres. De acordo com Vieira, os animais que são resgatados são avaliados. Ela afirma que a maioria são devolvidos à natureza logo após o resgate. Quando não é possível, eles são reencaminhados para criadores autorizados até que estejam recuperados para poderem voltar ao seu habitat natural ou viverem em cativeiro habilitado. “A gente não tem uma estrutura de recintos, como tem no Cetas. A gente não está operando com a guarda de animais”, explica a diretora.

Nota da Redação: Animais jamais devem ser condenados à morte por conta de decisões egoístas dos seres humanos. As tartarugas exóticas, de espécie oriunda do exterior, só entraram no país por conta da ganância humana. A natureza é equilibrada e harmônica a sua maneira e, por isso, qualquer desequilíbrio é provocado pelas ações do homem. Os animais poderiam ter sido realocados para santuários ou enviados para seu país de origem. De qualquer forma, a morte jamais deve ser a opção.

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