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Pesquisadores criam recife artificial para proteger biodiversidade marinha

30 de junho de 2017
2 min. de leitura
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Recife nana costa italiana
Foto: University of Portsmouth

Os recifes ancoram as cadeias alimentares e os ecossistemas que sustentam grande parte da biodiversidade marinha. Porém, a saúde de muitos deles continua caindo à medida que os oceanos se tornam mais ácidos e as temperaturas se elevam.

Os cientistas de Portsmouth têm trabalhado em um modelo de recife artificial com a esperança de desenvolver refúgios subaquáticos apropriados para espécies vulneráveis.

Os pesquisadores criaram pequenas estruturas plásticas que imitam algas corallinas naturais, um tipo de algas vermelhas com depósitos calcários, informou o UPI. Elas são as principais construtoras de recifes no Mar Mediterrâneo e também são especialmente vulneráveis à acidificação, pois seu esqueleto de carbonato de cálcio se dissolve facilmente com o pH baixo.

Os pesquisadores planejam construir recifes de corais artificiais em larga escala perto de recifes existentes e averiguar se as estruturas podem ter espécies vulneráveis. Eles também querem descobrir se os recifes artificiais podem servir como andaimes para algas corallinas.

“Em um mar pequeno e confinado como o Mediterrâneo, esses potenciais ‘amortecedores’ estão entre os organismos dominantes”, afirmou Federica Ragazzola, bióloga marinha em Portsmouth, em um comunicado de imprensa.

“As algas Coralline pertencem a esses grupos de organismos que podem desempenhar um papel importante na redução do pH, construindo  um microambiente que pode auxiliar algumas espécies a resistir às futuras mudanças climáticas”, completou.

Com a ajuda de pesquisadores da Itália, a equipe de Portsmouth começou a instalar os primeiros corais sintéticos este mês no Golfo de La Spezia, na costa Noroeste da Itália.

“Nossa pesquisa permitirá que esclareçamos a função do recife de algas coralline como um amortecedor para a diversidade, abundância, características reprodutivas, ecológicas e estruturais da fauna associada”, disse Chiara Lombardi, da Agência Nacional Italiana de Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável.

“Consequentemente, nossos resultados serão importantes para o planejamento de futuras estratégias de proteção e gerenciamento que envolvem bioconstruções de algas corallinas”, concluiu.

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