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ONU lança campanha para reduzir plástico nos oceanos

25 de fevereiro de 2017
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Foto de 2008 mostra detritos na Baía de Hanauma, no Havaí (Foto: AP Photo/NOAA Pacific Islands Fisheries Science Center)

A ONU lançou uma campanha global dirigida a governos, empresas e consumidores para reduzir os resíduos de plástico nos oceanos, onde são lançadas cerca de oito toneladas por ano deste material.

“Clean Seas” (“Limpar os mares”) se chama a campanha apresentada durante a Cúpula Mundial dos Oceanos, que acontece até esta sexta-feira (24) em Nusa Dua, na ilha de Bali, na Indonésia, afirmou a ONU em comunicado.

Entre as medidas, a organização multilateral sugere aos governos que apliquem políticas para reduzir o plástico, que as empresas reduzam as embalagens com este material e que os consumidores mudem seus hábitos.

Para o ano 2020, a campanha propõe que sejam totalmente eliminadas as maiores fontes de plástico no mar: os microplásticos de cosméticos e as embalagens descartáveis.

“Já passou da hora de abordarmos o problema do plástico que aflige nossos oceanos. A poluição de plástico está aparecendo nas praias da Indonésia, repousando no leito marinho do Polo Norte e ascendendo na cadeia alimentar até nossas mesas”, disse Erik Solheim, chefe da ONU Meio Ambiente.

Nove países já se uniram à campanha, como a Indonésia, que se comprometeu a reduzir em 70% o plástico lançado no mar em 2015; o Uruguai, que introduzirá um imposto sobe os sacos plásticos, e a Costa Rica, que melhorará o gerenciamento de resíduos e a educação para reduzir o uso de sacolas.

A companhia Dell, por sua vez, utilizará plástico reciclado recolhido perto do Haiti para fabricar seus produtos de informática.

Segundo a ONU, o plástico representa 80% do lixo nos oceanos e causa prejuízos no valor de US$ 8 bilhões nos ecossistemas marinhos.

Se o aumento de resíduos como garrafas, sacolas e copos de plástico se mantiver no ritmo atual, em 2050 haverá mais plástico do que peixes em peso no mar e 99% das aves marinhas terão consumido restos deste material.

Fonte: G1

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