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Vídeo mostra golfinhos em baía do RJ e ONG denuncia mortandade

17 de julho de 2014
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução / Projeto Boto Cinza
Foto: Reprodução / Projeto Boto Cinza

Biólogos do Projeto Abrace o Boto-cinza e Support Protejos e Meio Ambiente registraram imagens aéreas de golfinhos da espécie boto cinza (sotalia guianensis), uma das mais ameaçadas de extinção no Rio de Janeiro, na Baía de Sepetiba, Costa Verde fluminense, no último sábado (12) (para ver o vídeo clique neste link). Desde 2005, o número de mortandade da espécie tem aumentado, segundo o biólogo Leonardo Flach.

Além de dezenas de animais nadando juntos, os registros, feitos com uma câmera acoplada a um drone, mostram um golfinho morto sendo encontrado e retirado do mar. “A gente tem computado o índice de mortandade desde 2005. Desde então, 230 golfinhos foram recolhidos mortos na Baía de Sepetiba. Só no primeiro semestre de 2014, foram 27. Isso dá uma média de quatro golfinhos por mês. Nos outros anos, a média era de um por mês, ou seja, esse número quadruplicou”, explicou Leonardo.

A região é conhecida pelo aparecimento diário de golfinhos. Lá, eles formam a maior concentração desse tipo de mamífero das Américas Latina e Central, segundo a ONG Instituto Boto Cinza (IBC). Os animais são vistos em grupos de até 200.

Entre os motivos das ameaças à espécie em Sepetiba está a pesca ilegal e o despejo de dejetos no oceano. “Já relatamos a situação para os órgãos ambientais e reclamamos da falta de fiscalização para o Ministério Público de Angra dos Reis. Esse descaso do poder público com a baía não pode acontecer”, disse o biólogo.

A Baía de Sepetiba está, hoje, em um estágio intermediário de contaminação, segundo Flach. A falta de cuidado com os golfinhos e com a baía preocupa o biólogo. “Sem um planejamento, a situação da Baía de Sepetiba pode acabar da mesma forma que a baía de Guanabara.”

Fonte: G1

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