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Cães são assassinados em rituais ou consumidos como alimento em cidade argentina

30 de agosto de 2013
4 min. de leitura
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Por Maria Angélica São Pedro (da Redação)

Grave denúncia de uma sociedade protetora de animais. A matança é atribuída a um setor da comunidade chinesa, que além de esquartejá-los, também estariam consumindo os cães, informa o Diário Crônica. As organizações não descartam que as descobertas estejam relacionadas com práticas e rituais de umbanda.

Foto: Reprodução/ cronica.com.ar
Foto: Reprodução/ cronica.com.ar

Loucura animal e selvagem por parte de humanos contra centenas de cachorros inocentes na cidade de Necochea, Argentina. Triste cenário de sucessivas aparições de cães desmembrados e sem a pele. Semelhante e macabra matança estaria vinculada a comunidade chinesa que vive na localidade balneária, que esquarteja os cachorros para consumo pessoal, informaram ao Diário “Crónica” as sociedades protetoras de animais locais. Porém, ditas organizações não descartam que as descobertas estejam relacionadas com práticas e rituais de umbanda.

“Existem muitos cachorros desaparecidos, revela Gloria Resuene, representante da Sociedade Protetora de Animais “Aman Mascotas”, em referência ao terror que desde março se aprofunda na cidade balneária. Cadáveres de animais aparecem desmembrados, sem as patas e cabeça, na zona de Los Piletones e a Termoelétrica de Necochea, no porto de Quequén. Justamente ali reside Ana Maria Cattaneo, do Centro de Ayuda Animal de Necochea, que foi vítima desta onda assassina de cachorros. “Fazem seis meses que desapareceu meu cachorro. Logo foram desaparecendo outros mais da zona, que eu mesma alimentava”, relata a mulher.

Neste sentido, Cattáneo conta: “Nos surpreendeu, anos atrás estava este maldito costume de que subiam os cachorros em barcos e os esquartejavam na nossa frente para comê-los. Mas agora existe muito controle. Também, com a difusão das misteriosas desaparições começamos a receber denúncias de que os carregavam em caminhonetes. Pouco depois encontramos o primeiro cachorro sem pele”.

Mais testemunhas

Assim, foram aumentando os testemunhos que eles precisavam sobre essa prática horrível. Sobre o caso, Gloria Resuene detalhou: “Um homem que saía de sua casa para pegar um ônibus observou que em frente havia uma caminhonete Ford branca com um sujeito de nacionalidade chinesa que subia com um cachorro que estava sem pele”. No entanto, as denúncias mais sangrentas são as de um adolescente de 14 anos que estava na porta de sua casa com seu cachorro da raça Cuba. No mesmo instante dois sujeitos desceram a rua e arrancaram o cachorro dos braços dele. Para piorar a situação, uma jovem que trabalhava em um supermercado chinês foi despedida ao ver dois de seus chefes esquartejando um cão. Por isso que ambas as mulheres vinculam a matança com algum setor da comunidade chinesa que vive em Necochea, lembrando que a tradição alimentícia deles inclui a carne de cachorro, principalmente a cabeça”, destaca Gloria.

O temor das pessoas e as precauções que devem ser tomadas

Desde alguns meses mudaram os hábitos de todos os vizinhos de Necochea em respeito aos animais” assegura uma vizinha. A mulher diz: “Se acabou a época onde deixávamos nossos cães e gatos soltos. Devemos cuidar deles que tanto amamos, porque  se não cuidamos, o mais provável é que não os vejamos mais”, afirma a mulher.

Acontece que tudo o que está acontecendo com os cães gerou uma psicose nos habitantes da cidade balneária. A mesma senhora adicionou: “Temos que estar atentos e tomar os dados de qualquer carro ou caminhonete suspeita. Não podemos culpar e condenar a comunidade chinesa na sua totalidade, pois a maioria são pessoas trabalhadoras e do bem, mas suspeitamos que alguns deles são responsáveis pela matança sim”, conclui.

Foram muitos os vizinhos que nos últimos meses observaram feitos e atitudes suspeitas, nas quais alguns personagens tentavam aproximar-se aos cachorros. Um senhor comentou que nem tudo ocorre a noite. “Ao meio dia havia gente levando dois cães vira-latas”.

Estamos num vale-tudo

O sequestro e a posterior matança dos cachorros tem sido vinculada pelos denunciantes com o costume alimentar da comunidade chinesa que reside na cidade. Entretanto não se empregaria a carne de cachorro  somente para o consumo oriental, mas também se destina ao recheio de embutidos para vender ao público. “Estamos num vale-tudo”, enfatiza a protetora Gloria Resuene.

“Os carniceiros nos disseram que a carne canina é parecida a carne de porco”, ressalta uma denunciante. Em relação a isso deve-se advertir que os animais são trasladados em caminhonetes ou um jipe até um matadouro de porcos clandestino, situado no porto de Quequén. Ali os colocam em jaulas ajustadas ao tamanho do animal em questão, que sem espaço para se mover começam a estressarem-se. Acredita-se que esse quadro de stress produz uma substância dentro do corpo  do animal que produziria um sabor especial a carne.

É por esta qualidade que acreditam que a carne canina deve estar sendo mesclada com o recheio de chouriços, que logo são comercializados em estabelecimentos na categoria de alimentos a toda população.

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