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Fim dos testes de cosméticos em animais para 2013 corre riscos

19 de setembro de 2011
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana  (da Redação)

Foto: Reprodução/Affaritalian

A Comissão Europeia apresentou, em 13 de setembro, ao Parlemento Europeu e ao Conselho da União Europeia a relação anual de métodos alternativos à experimentação animal no setor de produtos cosméticos e as instruções que deverão decidir o destino final da Diretiva 2003/15CE, que prevê o veto das experimentações em animais de produtos destinados ao uso cosmético a partir de 2013.

Por meio desta diretiva, em 2004 entrou em vigor a primeira proibição, isto é, o comércio de cosméticos testados em animais. Depois, em 2009, foi dado um segundo passo que previa a quase total exclusão do uso de animais vivos para fins experimentais na área cosmética. Porém, ainda são praticados três testes fortemente invasivos: toxicidade por uso repetitivo, toxicidade reprodutiva e toxicocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção da substância no exame). Por isso ainda são comercializados na Europa cosméticos testados em animais.

O fim destes experimentos, ao menos nesta área de pesquisa, é previsto para 2013, mas ao apresentar a lista de procedimentos, a Comissão Europeia dá indícios de que tal proibição não será respeitada sob justificativa de uma suposta ‘falta de alternativas’ aos três testes ainda ativos. A previsão para o fim dos testes cosméticos, portanto, é de pelo menos 10 anos: ainda dezenas de milhares de coelhos, ratos e camundongos recebem injeções, são queimados e ficam cegos em todo o mundo em função dos cosméticos destinados à Europa.

A Comissão Europeia também avalia os impactos (ambiental, econômico, social e de benefício aos animais) que surgiriam com a proibição total da comercialização caso seja respeitado o prazo até 2013. E, com base em tal proibição, decidirá, até o fim de 2011, se apresentará uma nova proposta para modificar ou manter tal prazo.

A posição da Comissão é perceptível. Por isso, a Liga Antivivissecção (LAV) concentrou esforços em relação esse assunto.

É fundamental que o Parlamento Europeu respeite a proibição prevista para 2013, em consideração à clara posição contrária da opinião pública ao uso de animais no âmbito experimental. Levando em conta essa posição, é importante que a campanha contra os testes cosméticos continuem sendo apoiada e divulgada com o intuito de influenciar a decisão final das instituições chamadas a votar.

Nos últimos anos têm sido feitos muitos esforços econômicos, políticos e científicos para o desenvolvimento de métodos substitutivos ao uso animal que, além da vantagem ética, garantem mais segurança aos consumidores.

No mercado já existem mais de 20 mil produtos livres de crueldade. Veja a relação das empresas participantes.

As informações são do jornal italiano Affaritalian.

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