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Aprenda a refrescar os animais nos dias quentes

2 de dezembro de 2010
4 min. de leitura
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Quando você passeia com o cão e logo ele fica com a língua pendurada pra fora da boca, significa que ele está com sede, certo? Não! A língua pendente é um dos sinais de que o cachorro sente calor. Diferente das pessoas, ou mesmo de animais como os cavalos, os cães não transpiram pela pele. Para perder calor, eles contam com a língua de fora, e com pequenas áreas do corpo como o nariz e as “almofadinhas” das patas.

“Por isso no verão eles podem passar mal ao passear, vivenciar situações estressantes ou mesmo ao tomar um banho quente”, diz Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care. Segundo o veterinário, é até mesmo comum que durante os meses quentes alguns animais morram de calor sem que seus donos entendam o que aconteceu.

Abaixo, confira dicas de como refrescar o peludo  nos dias quentes.

Cuidados dentro de casa

É importante controlar o ambiente no qual o animal passa a maior parte do tempo. No caso dos cães e gatos, garanta que eles possuam uma boa sombrinha durante todo o dia, e troque a tigela de água com bastante frequência para manter seu conteúdo fresco. Cães ou gatos com pelagem clara estão sujeitos ao câncer de pele, principalmente em regiões sensíveis como o nariz e as pálpebras. Por isso, passar protetor solar nestes lugares é um hábito saudável. Existem no mercado produtos especializados para os animais, mas o protetor humano também pode ser utilizado. Basta fazer um teste de sensibilidade no animal.

Se você possui pássaros ou roedores, o cuidado com a exposição ao sol deve ser ainda maior, pois os animais não têm como sair das gaiolas ou terrários. Uma boa dica para quem tem aves tropicais é borrifá-las com água mineral. Já os répteis agradecerão caso os donos verifiquem constantemente a temperatura de seus terrários.

Passeios fresquinhos

Os tutores que gostam de sair para passear ou correr com o cão deve fazê-lo apenas em horários frescos, antes das 10h ou depois das 18h. “Quem corre com o animal no sol pode colocá-lo em risco. Como o cachorro tende a ser fiel, ele segue o tutor, mesmo exausto”, conta Marcelo. Assim, se durante o passeio você notar que o cão está cansado, pede para deitar ou sentar e a sua língua pende pra fora da boca, é hora de fazer uma pausa, hidratar o animal e voltar pra casa. Cachorros com focinho curto, como bludogues, pugs e lhasa apsos precisam de cuidados redobrados, pois têm mais dificuldade para respirar.

Em São Paulo, por exemplo, existem vários parques e ruas arborizadas, onde o bichinho passará menos calor durante o passeio. O Parque Ibirapuera é um clássico, com seus gramadões, árvores e trilhas. Outra opção bacana é o Trianon, com a vegetação tão densa que nem parece estar grudado na Avenida Paulista. Só lembre que animais soltos não são permitidos ali, mesmo que bem comportados!

Outro passeio gostoso é uma visita à barraca de frutas. Enquanto você toma um suco, que tal presentear o cão com uma água de coco? Embora os cães não tenham a mesma necessidade de repor eletrólitos que nós humanos, muitos deles adoram a bebida, que serve para hidratar e refrescar.

Passeios molhados

Quer refrescar mais ainda o cão? Um mergulho pode ser uma boa opção. Pessoas que costumam viajar para represas talvez tenham o hábito de nadar com os animais. Outros tutores fazem passeios de barco com os bichos ou deixam que eles desfrutem da piscina de casa. Se você não tem casa na represa, barco, piscina, ou mesmo possua uma, mas fica desconfortável com a ideia do cachorro nadando nela, uma boa ideia é fazer uma visita a algum hotel canino que tenha uma piscina.

O Clube de Cãompo, hotel para animais que fica em Itu, acaba de inaugurar uma bela piscina com 10 metros de comprimento, 4 metros de largura e 1,30 de profundidade. Lá, são realizadas atividades lúdicas com os cães, mas também aulas para ensiná-los a lidar com a água. “Muitos cães como labradores, golden retrivers e border collies gostam de nadar. Mas eles podem não conseguir sair da piscina e até mesmo morrer afogados. Por isso, decidimos ensinar donos e animais a conviver tranquilamente com as piscinas”, conta Aldo Macellaro Jr. veterinário responsável pelo hotel. As aulas podem ser feitas enquanto o peludo se hospeda por lá, ou em aulas avulsas.

Quem quiser tornar a própria piscina mais segura para os animais não precisa de um cercadinho. Existem acessórios bacanas, como coletes salva-vidas caninos  ou mesmo plataformas para ajudá-los a sair da piscina.

Fonte: Época

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