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Milhares de espécies na Amazônia equatoriana estão ameaçadas pela exploração de petróleo

24 de agosto de 2010
2 min. de leitura
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Imagem AFP

Milhares de espécies fazem de Yasuní, na Amazônia equatoriana, o local de maior biodiversidade do planeta, mas sua sustentabilidade depende de um plano que visa a manter inexplorados milhões de barris de petróleo neste gigantesco jardim.

Como um tapete verde, o parque Yasuní se estende pela margem leste da selva amazônica, entre as províncias de Orellana e Pastaza, e é o lar de 150 espécies de anfíbios, 121 de répteis, 596 de aves, 200 de mamíferos, 500 de peixes e 4.000 de plantas, muitas endêmicas.

“A evidência científica nos diz que nesta região (de 982.000 hectares) se concentra a maior biodiversidade do planeta”, disse o biólogo equatoriano Pablo Jarrín, diretor de uma estação científica da Universidade Católica de Quito, que monitora a reserva desde 1995.

“É o que nos resta do jardim original”, acrescentou o cientista durante uma visita a este paraíso de sons mágicos, que ele descreveu como uma “bolha de bosque quase intato” apesar de ter sido “afetada relativamente” pela exploração de petróleo.

Tudo isso fez com que Yasuní fosse declarada Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco, em 1989, passaria a ser uma lembrança se a natureza perder a queda de braço contra a visão desenvolvimentista, advertiram os cientistas.

Para evitar que isto aconteça, o presidente socialista Rafael Correa propôs não explorar os 846 milhões de barris de petróleo nos campos de Ishpingo, Tambococha e Tiputini, no Yasuní, em troca de uma compensação internacional de 3,6 bilhões de dólares.

A fim de cristalizar este desejo, o Equador e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) constituíram, em 3 de agosto, um dispositivo que captará os recursos, e a partir de setembro, o país iniciará uma ofensiva mundial em busca de apoio.

Se o Yasuní não for preservado, “perderíamos prosperidade e saúde a curto prazo, uma parte importante da nossa estabilidade ambiental, política e econômica e da nossa espiritualidade”, afirmou Jarrín.

Com informações da AFP/Google

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