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PETA clama pelo fim dos abusos contra animais no circo Ringling Bros.

13 de abril de 2010
2 min. de leitura
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Por Marcela Couto (da Redação)

A guerra do PETA contra o Ringling Bros. ganhou fôlego nesta segunda-feira (12) quando o grupo de direitos animais mais uma vez clamou pelo fechamento do circo, acusando-o de tortura contra elefantes e tentativa descarada de acobertar os abusos.


Foto: PETA


“Eles mentiram, sumiram com as evidências e frustraram os fiscais,” disse Jeff Kerr, conselheiro geral do PETA.

Em uma carta que será entregue hoje, o PETA pede ao Ministério da Agricultura que revogue ou vete a renovação da licença que permite a exploração dos animais, assinada para a Feld Entertainment, que detém a marca Ringling Bros.

“Tratamento abusivo e violento contra os animais faz parte do circo Ringling, que usa animais poderosos, muitos retirados da selva, para aprender truques humilhantes que alienam sua natureza” descreve a presidente do PETA, Ingrid NewKirk.

Os oficiais do circo não comentaram a ação, mas insistem que os animais são “bem tratados”.

Até hoje, todas as tentativas de fechar o circo ou proibir os abusos contra animais falharam.

Uma acusação movida contra o Ringling Bros. por um treinador que relatou tortura contra elefantes foi negada por um juiz em dezembro. O PETA também fez uma série de protestos contra os abusos, mas agora o grupo acredita que o governo Obama dará mais importância ao fato do que os anteriores.

“Essa é a primeira vez em que unimos todas as evidências para mostrar que não temos apenas um treinador ruim, em um dia ruim e com um elefante ruim”, disse Debbie Leahy, diretora do projeto que resgata animais do PETA.

O PETA declarou ter um dossiê com mais de 700 páginas de documentos, vídeos e fotos mostrando uma história de abusos no circo, que incluem atrocidades como usar choques elétricos contra bebês elefantes e agredir um tigre com um instrumento pontiagudo até que ele entrasse em colapso.

O PETA também denuncia o acobertamento feito pelo circo, que inclui mentiras diversas aos fiscais sobre ferimentos em animais e um caso em que o sistema de ar-condicionado só foi instalado na jaula após a morte de um leão por sufocamento em 2004.

Frank Hagan, um veterano treinador de leões, pediu que o Ringling Bros parasse com os treinos e foi então demitido. Ele disse ao PETA que foi ameaçado pelos advogados do circo para que ficasse calado a respeito da morte do leão.

Na semana passada, um elefante chamado Dumbo pisoteou um treinador até a morte na Pensilvânia – um fato que coincidiu com os apelos do PETA sobre a impossibilidade de forçar elefantes a fazer truques.

Com informações de NY Daily News

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