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Pássaro raríssimo reaparece no Afeganistão e aciona proteção à vida selvagem no país

4 de março de 2010
2 min. de leitura
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Por Marcela Couto (da Redação)

A agência responsável pela conservação e criação de aves do Afeganistão tomou uma iniciativa para proteger um dos pássaros mais raros do mundo no último domingo (28), logo depois da espécie ter sido redescoberta em uma área devastada pela guerra.


Foto: Associated Press


A remota região das Montanhas Pamir é o único local conhecido onde o pássaro de nome científico Acrocephalus orinus pode ser encontrado, já que sua existência só foi documentada duas vezes em mais de um século.A ave pertence a um grupo de pássaros conhecidos como “warblers”, caracterizados por serem pequenos e insetívoros.

Um pesquisador da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem de Nova York encontrou o pequeno pássaro de cor oliva durante uma pesquisa em 2008, e o reconheceu pelo seu canto diferenciado. Algum tempo depois, um grupo conseguiu capturar e libertar em seguida 20 indivíduos da espécie, o maior número já registrado.

A  Agência Nacional de Proteção Ambiental do Afeganistão adicionou o Acrocephalus orinus à lista de animais protegidos do país, criada ainda no ano passado.

Mustafa Zahir, o diretor da agência, falou sobre a dificuldade em proteger a vida selvagem em um país onde a grande preocupação é a revolta dos Talibans – na sexta-feira, homens-bomba mataram pelo menos 16 pessoas em Kabul, a capital.

Mas, Zahir acredita que a reaparição da ave raríssima é uma boa notícia. “Não é verdade que nosso país só é feito de más histórias,” disse. “Esse pássaro reapareceu aqui depois de muitos anos, depois que todos pensaram que estaria extinto.”

A descoberta do pássaro representa um grande passo para a consciência conservacionista do Afeganistão, que ainda está em sua infância.

Apesar disso, alguns sucessos recentes foram alcançados. As autoridades de Badakhsan resgataram na semana passada um leopardo que foi capturado por alguns cidadãos de um vilarejo e pretendiam vender o animal – um dos pouquíssimos 150 restantes da espécie.

Com informações de Los Angeles Times

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