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Alimentação sadia

20 de janeiro de 2010
5 min. de leitura
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Uma pessoa que se alimenta de carne, tem em seu organismo um cemitério de vísceras. Minhas amigas e meus amigos, por favor, reflitam sobre a insensatez que é a alimentação carnívora!

O assunto é pessoal e importante, portanto não posso me calar!

Com certeza, causarei perplexidade para alguns, desconforto para outros, irritabilidade pra tantos… Contudo, esta não é minha intenção, pois pretendo apenas colocar o tema em perspectiva para análise. No caso de alguém sentir que sua privacidade foi invadida, peço mil perdões antecipados, peço perdão sem ironia tampouco presunção.

Atualmente existem inúmeras pesquisas onde fica mais do que provado que a alimentação carnívora não é saudável, haja vista que já foram catalogadas muitas doenças decorrentes desse tipo de alimentação, onde os números de óbitos também não são poucos.

Convido as senhoras (es) leitoras (es) para abusarem do direito de imaginar e fazerem comigo uma viagem a um matadouro:

Vamos caminhando, todos juntos, por um grande salão onde animais são enfileirados após um gostoso banho, já vacinados e com uma carga de hormônios que fariam inveja até no governador Arnold Schwarzenegger.
O cheiro de sangue misturado com morte caracteriza o local, apesar de todo requinte e assepsia dos matadouros e frigoríficos modernos.

Esta fila em que tais animais caminham resignadamente, possui um nome: “fila da morte”, no entanto os animais não sabem disso por serem irracionais, porem engana-se profundamente quem sub julga a capacidade do instinto dos animais, pois já foram verificados uma gama de casos onde fica provado o sofrimento dos animais diante da morte, ou mediante a morte de sua cria; exemplo onde uma porca lamenta a morte do seu filhinho, lambendo o sangue derramado e chorando.

Ainda na fila da morte, onde nossos irmãozinhos inferiores pressentem a violência a que serão submetidos pelas mãos dos seus irmãos superiores, ou seja, nós, os seres humanos, aqueles olhos inocentes e singelos que outrora contemplavam os verdes campos da natureza, agora, após o golpe de misericórdia que nada tem haver com misericórdia, mostram-se frios e vidrados, como que denotando o cruel engano a que foram submetidos.

Continuando o nosso passeio imaginário, podemos notar que após a morte dos nossos irmãozinhos, seus membros são logisticamente separados seguindo cada qual o seu destino, em ágeis carrinhos (bandejas). Após modernos processos industriais, alguns membros, ou vísceras, são embalados por um moderno e requintado sistema, e seguem para serem colocados nas prateleiras dos super mercados, já outras partes são encaminhadas “a granel” para os açougues da sua vila.

Todo esse terrível processo gera uma energia de sofrimento muito grande por parte dos animais que foram assassinados, ainda que inocentes, é claro. Essa energia se impregna tanto nos carrascos quanto nos que se alimentam dos referidos retalhes cadavéricos .

Uma pessoa que se alimenta de carne, tem em seu organismo um cemitério de vísceras.

– Mas oras bolas, eu como a carne, no entanto nem posso sonhar em ver matar o bicho!

Quem assim diz, comete um ato de covardia, pois se utilizou do comodismo isentando-se de culpa, sendo que alguém já matou e preparou o animal para tal pessoa.

Pensem bem, uma inofensiva esfirrinha de carne ou umas fatias de presunto não tem cara de bicho morto! Porém a milionária indústria alimentícia já fez tudo direitinho, desde a matança do animal até a exótica aparência do seu retalho, embaladinho como um uma bolachinha, tudo feito hermeticamente para não haver contaminação…

Mas que absurdo!

Embalar com todos os cuidados disponíveis, vísceras animais em estado de decomposição? Pois o que está contaminado de hormônios, bactérias, vacina, etc. é justamente o que está sendo embalado.

Existem aqueles que, no âmago da alma, sentem que não é correto se alimentarem de bichos mortos, no entanto se justificam com mil desculpas, entre tantas, a de que o corpo humano necessita da proteína animal, o que é um lamentável engano que pode ser explicado por médicos naturalistas, ainda que entre os grupos de vegetarianos é observada uma saúde superior à dos carnívoros.

Existem outros que afirmam que Deus criou os animais para nos servirem de alimento, ou seja, tudo o que vimos nessa viagem imaginária que infelizmente existe na vida real, teria um prévio aval de Deus?

NÃO! Ele disse nos: NÃO MATARÁS!

Alguns dizem assim: – Oras bolas, eu como pouca carne, somente um pedacinho!

Tudo bem! Neste caso pediremos ao Senhor Boi se podemos extrair-lhe somente uma perninha!

Minhas amigas e meus amigos, por favor, reflitam sobre a insensatez que é a alimentação carnívora!

Eu poderia listar uma infinidade de atos cruéis decorrentes da alimentação carnívora, como o caso dos gansos que recebem hormônios para que seus figados cresçam muito além do normal, para assim conseguirem um patê mais substanciosos para a satisfação dos chiques gostos mais macabros, sendo que o figado dos bichinhos cresce tanto que eles se rastejam.
Este ato faz parte da é humanidade?

Convido novamente as senhoras (es) leitoras (es) a abusarem do direito de imaginar e fazerem comigo uma viagem, mas desta vez em uma linda fazenda de frutas, legumes e hortaliças.

Podemos observar aquelas fileiras de vegetais que formosamente vão crescendo até a época da colheita que se dá sem qualquer derramamento de sangue ou sofrimento, pois os vegetais “sonham em uma consciência coletiva”, não possuem neurônios tampouco órgãos, não sentem dor e não choram.

No principio dos tempos, nós, homens primitivos, caçávamos e nos alimentávamos de animais, no entanto éramos primitivos, com outra constituição física que vem se aprimorando há milênios, no entanto a mulher e o homem do século XXI parece que não se apercebeu deste fato, pois fazem requintados banquetes repletos de nacos cadavéricos em estado de decomposição disfarçados por agentes químicos e técnicas de resfriamento, ou seja, o animal morreu há tempos.

Reitero minhas desculpas pelo tipo de abordagem, mas faço um grande apelo às (os) leitoras (es) no sentido de uma grande e profunda reflexão ao assunto.

Sugiro, pedindo licença, que se informem sobre a alimentação vegetariana, pois possuímos ótimas literaturas à respeito.

E Ele nos disse: “Não Matarás”!

Jefferson Magalhães

Fonte: Ramatis

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