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Guaxinim quebra recorde de distância e é morto por caçadora

27 de maio de 2009
2 min. de leitura
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Cientistas alemães registraram o que afirmam ser um recorde de caminhada de longa distância para guaxinins, depois que um animal percorreu uma distância de quase 300 quilômetros, em linha reta, em busca de uma fêmea para acasalar.

A jornada foi documentada por integrantes do projeto de pesquisa alemão “Waschbär” (guaxinim, em alemão), mas infelizmente chegou ao fim quando uma caçadora matou o animal.

“Essa foi a maior caminhada de guaxinim registrada até hoje no mundo”, afirmou o diretor do projeto Frank-Uwe Michler. O atual recorde, segundo os especialistas alemães, era de 95 quilômetros, em linha reta.

O animal foi encontrado em uma região próxima à cidade de Bremerhaven, no noroeste do país, 285 quilômetros a oeste de seu ponto de partida, no Parque Nacional de Müritz.

Ainda quando filhote, ele havia sido identificado com uma etiqueta de orelha, de número 5002, e com uma coleira contendo um transmissor de rádio.

Os biólogos estimam, baseados em outras medições, que o bicho tenha percorrido, em cerca de 90 dias de caminhada, um trajeto que somaria mais de 800 quilômetros, atravessando plantações, estradas e ferrovias.

A trilha exata não é conhecida, porque o equipamento radiotransmissor só tem alcance de poucos quilômetros.

Em média, esses mamíferos notívagos percorrem oito a dez quilômetros por noite, de acordo com os registros do projeto.

Fim trágico

A jornada do guaxinim em busca da fêmea, no entanto, acabou na armadilha de uma caçadora, durante a temporada de caça de 2007.

Somente mais de dois anos depois, quando a caçadora ouviu falar por acaso do projeto Waschbär, é que os pesquisadores tomaram conhecimento do paradeiro do guaxinim número 5002.

“Machos são orientados pela reprodução e continuam caminhando, até achar uma fêmea apropriada”, explicou o biólogo Frank-Uwe Michler, membro da GWN (sigla em alemão para a Sociedade para Ecologia Selvagem e Conservação da Natureza), entidade mantenedora do projeto.

“As fêmeas são diferentes. Elas se preocupam com boas condições de vida e não andam mais que o necessário”, explicou o biólogo.

Anualmente, cerca de 500 guaxinins migram do Parque Nacional de Müritz, onde trabalham os pesquisadores do projeto Waschbär, investigando os cerca de mil guaxinins que vivem na região.

Fonte: Estadão

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