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Gatos e cachorros são tratados como membros da família

25 de maio de 2009
2 min. de leitura
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Casos de animais abandonados e maltratados são comuns em Cascavel (PR). Na contramão, alguns bichinhos recebem tratamento especial. Carinho e atenção são alguns dos ingredientes que alimentam a relação de donos e animais.

O miado persistente denuncia os xodós da família de Salete Ascari. Há 12 anos o primeiro gato chegou à casa dela e a partir daí esse número só aumentou. “Hoje temos 25 gatos, mas já chegamos a ter 44”, conta Salete.

A lotação máxima do gatil foi alcançada depois que várias gatas entraram no cio ao mesmo tempo. “Tínhamos muitas fêmeas e machos juntos. Nessa época nasceram 20 gatinhos em apenas uma semana. Por isso doamos alguns”.

Salete, que se intitula avó dos gatos, reconhece cada um deles pelo nome que ela mesma escolheu. “Minha filha achou o primeiro na rua e o trouxe para casa. Depois as pessoas começaram a deixar aqui em casa os que encontravam, pois sabiam que nós gostávamos”.

Salete revolta-se quando vê algum animal sendo maltratado. “Fico indignada com isso. Quem pega um animal tem de acolher como se fosse da família”.

Ela afirma que o principal problema é a empolgação com os animais pequenos. “Muitos pegam cachorrinhos pequenos porque são bonitinhos. Depois eles crescem e a pessoa não quer mais. Isso acontece muito com as fêmeas, quando entram no cio, muita gente abandona na rua”.

A família Ascari gasta pelo menos R$ 180 por mês no cuidado com os gatos, que só comem ração, recebem todo o tratamento veterinário necessário e vivem em um gatil que é higienizado duas vezes ao dia. Salete tem ainda dois cachorros.

Adotado
Outro bom exemplo do cuidado com os animais é a adoção. A Acipa (Associação Cidadã de Proteção dos Animais) trata dos animais abandonados e disponibiliza para quem quiser adotar. Por mês, são mais de 50 adoções.

Fátima Cologno, vendedora, recorreu à Acipa para ter um animal de estimação. “Resolvi adotar um cachorro porque perdi o que eu tinha havia pouco tempo e estava sentido muita falta”.

Ela está com Sofia há pouco mais de um mês. “A Sofia é muito bonita. Sempre está fazendo bagunça no meu quintal, abrindo buracos”, conta orgulhosa.

Fátima prefere os animais recolhidos na rua. “Além da Sofia, tenho mais três gatos. Peguei todos na rua. Estavam machucados e eu cuidei deles”.

O amor de Fátima pelos animais é antigo. “Sempre tive animais na minha casa. Gosto de bichos. Quando estou estressado, chego em casa, vejo os meus gatos e esqueço de tudo. Tenho um amor enorme por eles, mesmo não sendo de raça”.

Fonte: Jornal Hoje

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