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NOVA CHANCE

Elefantas estão prestes a deixar zoo para reconstruir suas vidas em santuário

A transferência deve ser realizada ainda neste ano, mas não há data definida até o momento

28 de junho de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: SEB/Divulgação

As elefantas Pocha e Guillermina estão prestes a ser transferidas do Ecoparque de Mendonza, na Argentina, para o Santuário de Elefantes Brasil (SEB), na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.

Submetidas a um processo de treinamento para a viagem, as elefantas foram acompanhadas presencialmente pelas treinadoras norte-americanas Chrissy e Karissa. Após um período no Brasil, a dupla voltou para os Estados Unidos, mas segue acompanhando os animais à distância.

De acordo com o SEB, “depois que sua equipe conseguir concluir o restante dos requisitos de quarentena para Pocha e Guillermina, eles podem se concentrar mais no treinamento e na separação nas caixas de transporte. Ambas as elefantas já completaram alguns dos testes e tratamentos necessários”.

“Pocha e Guillermina estão seguras e sendo bem cuidadas. Continuamos em contato com o Ecoparque, recebendo atualizações sobre Pocha e Guillermina e os procedimentos para seguir em frente”, completou.

A transferência deve ser realizada ainda neste ano, mas não há data definida até o momento. “Por mais que queiramos que as duas elefantas vejam o santuário, apressar sua quarentena e transporte poderia causar mais traumas – que é exatamente o que queremos ajudá-las a curar”, reforçou o SEB.

Explorada para entretenimento humano, Pocha deu à luz a Guillermina no zoológico e a filhote passou a também ser tratada como uma atração para os visitantes. Após nascer, ela foi criada pela mãe em um recinto de apenas 150 metros, sem árvores, grama ou lagoas.

“Guillermina tem 22 anos e ainda está com a mãe. Isso é natural para elefantes selvagens, mas raro para os elefantes em cativeiro. Quando elas chegarem ao Santuário de Elefantes no Brasil, seu relacionamento provavelmente crescerá e mudará; não sabemos como Guillermina reagirá a outros elefantes, mas – não importa o que aconteça – ela terá sua mãe ao seu lado”, asseverou  o SEB.

Tamy, pai de Guillermina, também deve ser levado para o santuário. O elefante de 50 anos vive no Ecoparque em uma área isolada e também está sendo preparado para a transferência. Em seu histórico de vida, há muito sofrimento. Além de ser explorado para entretenimento no zoo, ele sofreu durante 10 anos sendo forçados a participar de espetáculos circenses.

Campanha de arrecadação de fundos

Atualmente, o SEB realiza uma campanha para arrecadar recursos voltados à construção do recinto dos elefantes. Até o momento, R$ 712 mil foram arrecadados, mas a meta é de R$ 1,7 milhão.

O valor será usado para construir três abrigos para os elefantes, além de três centros médicos.

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